A cidade de Itaquaquecetuba tem investido em equipamentos voltados para uma educação inclusiva e atendimento de dignidade à pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Está em andamento a construção da Clínica-Escola do TEA no município, e além disso, a cidade possui o Departamento de Educação Especial (DEE) e o núcleo de Apoio Especializado (NAE). 

Com investimento de R$ 9,3 milhões, segundo a Prefeitura de Itaquá, a construção da Clínica-Escola está em andamento e a previsão é que a obra seja concluída em 24 meses. O equipamento deve marcar a integração entre as secretarias municipais de Saúde e Educação, beneficiando crianças autistas da rede de ensino, com infraestrutura completa para atender cada necessidade. 

Já o Departamento de Educação Especial (DEE), que possui 47 polos, atende estudantes desde a creche, promovendo estimulação e intervenção precoce. De acordo com a administração municipal, o equipamento tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que proporcionem a participação dos estudantes. Além de pessoas com TEA, o DEE atende estudantes com deficiência visual, auditiva, intelectual, física, deficiências múltiplas, altas habilidades/superdotação, transtornos de aprendizagem ou dificuldades severas.

O departamento funciona em três períodos para atender a demanda de estudantes com deficiência, que segundo a Prefeitura passa de 1.500, sendo 65% autistas. O atendimento é realizado por especificidades, contando com o Atendimento Educacional Especializado (AEE), suporte técnico para quem tem baixa visão e cegueira, e uma equipe multidisciplinar com fonoaudiólogo, fisioterapeuta, psicóloga, psicomotricista e enfermeira. 

No NAE, espaço vinculado ao DEE, são oferecidas avaliações e suporte aos estudantes com atraso no neurodesenvolvimento e dificuldades acentuadas na aprendizagem. Com uma equipe multidisciplinar, o local possui técnicos especialistas em autismo e produz materiais sobre autismo, que são entregues gratuitamente às famílias. Também são realizadas rodas de conversa, promovendo um momento de escuta e orientação dos profissionais para as famílias.

Apoio às pessoas com deficiência  

Os estudantes der Itaquá também contam com a escola bilíngue para surdos que acolhe crianças com deficiência múltipla, autistas e surdos. Há ainda o programa Escola Aberta, que acompanha os estudantes imigrantes típicos e atípicos e tem por objetivo acolher as famílias e os alunos na rede municipal de ensino da área pedagógica à social.

Ainda segundo a Prefeitura, em breve o município contará com a abertura de uma sala de AEE no Hospital Santa Marcelina. “Esse conjunto de ações reforça o compromisso da cidade em continuar oferecendo suporte de qualidade aos estudantes da educação especial, garantindo que todos tenham acesso aos serviços oferecidos, tendo como porta de entrada a escola”, reforça a administração municipal em nota. 


*Texto supervisionado pelo editor.