A tragédia registrada no Rio Grande do Sul, com a inundação de centenas de cidades e a morte de mais de 150 pessoas, marcou a vida de todos os gaúchos, mas também de muitos voluntários de diferentes regiões do Brasil, entre eles o mogiano Plínio Boucault. Vivendo há dois anos em Santa Catarina, ele, ao lado de um grupo de amigos e empresários, se viu em meio a água resgatando pessoas e animais e fazendo a diferença na vida de milhares de pessoas.

Plínio, que tem 36 anos, integra o grupo Amigos do Vale SC, uma organização sem fins lucrativos criada em 2011 para atuação em resgates em Santa Catarina, sendo formada também pelos empresários Leandro Gallas, Isaqueu Junior e Felipe Wagner. “No ano passado, quando aconteceu a inundação na cidade de Taió, em Santa Catarina, eu vi uma postagem deles falando sobre o resgate e perguntei como poderia ajudar. Fui com o meu carro e participei dos salvamentos na água junto com eles. Dessa vez logo que tudo começou já nos dirigimos para o Rio Grande do Sul com botes e jet-skis. Chegando lá encontramos tudo inundado, com o nível da água muito alto e muitas famílias precisando de ajuda.”

Durante quase duas semanas ele e os companheiros resgataram centenas de pessoas e animais. “São muitas cenas que ficam na nossa memória durante esses dias, de pessoas sendo salvas, mas também de outras que morreram na tragédia, assim como animais”, detalhou o mogiano, que enfatizou o trabalho feito por todos os voluntários no Estado. “Sem eles não seria possível retirar tantas pessoas da água e também mantê-las em segurança e bem atendidas nos abrigos”, acrescentou.

Além do trabalho nas águas, o Amigos do Vale também disponibilizou helicópteros para o transporte de alimentos, água e outros itens doados. No momento, Plínio retornou para Itapema, onde coordena a saída de doações para um centro de distribuição instalado em Sapucaí do Sul. “Já saíram mais de 80 carretas carregadas até agora. Estamos tentado chegar em locais onde ninguém chegou ainda, onde as pessoas estão mais precisando”, finalizou o gerente de vendas.

Segundo ele, o trabalho voluntários não deve acabar tão cedo. “Ainda tem muita coisa para ser feita, milhares de pessoas estão vivendo nos abrigos e vamos continuar trabalhando para ajudar da melhor maneira possível”, finalizou.


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