Neste Dia do Trabalho, comemorado hoje (1/05), um levantamento da Fundação Seade revela que entre 2012 e 2021, o Estado de São Paulo teve redução de 388.031 empregos industriais, o que representa uma queda de 17,8% no período. Na região, porém, o número tem permanecido estável, segundo o diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) Alto Tietê, José Francisco da Silva Caseiro. “Atualmente, a indústria do Alto Tietê emprega mais de 74 mil trabalhadores, o que representa cerca de 25% das carteiras assinadas da região. Nos últimos anos, apesar dos desafios enfrentados pelo setor, como as guerras, a pandemia de Covid-19 e a instabilidade do dólar, o nível de emprego tem permanecido estável”, avalia.


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A Região Metropolitana de São Paulo, segundo os dados da Fundação Seade, em 2012 concentrava 38,5% dos empregos industriais, e a participação foi reduzida para 32,4% em 2021, representando uma perda de aproximadamente 259 mil postos de trabalho. Em outras regiões, houve um pequeno aumento da participação do setor no mercado de trabalho, mas com queda no número de empregos, como Campinas e Sorocaba. 

“É importante ressaltar que no intervalo analisado pela Fundação Seade, a indústria teve dois grandes movimentos que impactaram sua produção, e consequentemente, a geração de novas oportunidades. A crise de 2014, marcada por uma série de choques de oferta e demanda, afetou o crescimento econômico e, mais recentemente, a pandemia, que desestabilizou toda a cadeia produtiva mundial”, destaca o diretor regional do Ciesp.

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apurados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), como aponta José Francisco Caseiro, mostram que os empregos na área do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) Alto Tietê fecharam 2021 com saldo positivo de 4.732 postos, índice que seguiu no azul em 2022 (1.908) e 2023 (948). Agora, os números mais recentes, que contemplam janeiro e fevereiro, mostram um saldo de 1.095 empregos. 

“Reforçamos que ao mesmo tempo em que as empresas incorporam mecanismos da chamada Indústria 4.0, se abrem novas portas para a contratação de mão de obra especializada para suprir a demanda. Prova disso, são os dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que dão conta que até 2025, a indústria nacional deve criar 540 mil novas oportunidades em diversos setores (logística, construção civil, vestuário e energia), nos quais a maioria (95%), é voltada para nível de qualificação e técnico, que exigem uma formação prática e mais curta, com média salarial entre R$ 1,8 mil e R$ 6,6 mil”, conclui.

Queda 

Entre os municípios, a maior perda de empregos indicada no levantamento da Fundação Seade ocorreu na capital paulista (-149.433 empregos), seguida por Guarulhos (-20.650), Diadema (-18.598), Campinas (-17.598) e São Bernardo do Campo (-17.595).


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