O Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC), em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Poá (Acipoa), está ampliando suas ações de empreendedorismo feminino na cidade com o lançamento do Projeto de Apadrinhamento neste mês de maio. O objetivo da ação é convidar empresários e comerciantes do município para que apadrinhem mulheres que necessitem de capacitação para retornarem ao mercado de trabalho ou que enfrentam dificuldades financeiras.

A primeira ação do projeto foi realizada no último sábado (18), com um curso rápido em Calmon Viana para formação de "personal organizer", profissional especializado em trazer mais praticidade para o dia a dia ao organizar ambientes, espaços e rotinas, deixando-os mais funcionais de acordo com as necessidades de cada cliente.

Cerca de 20 mulheres receberam as primeiras instruções sobre a atividade com Rosi Fonseca, que é poaense, atua em São Paulo há oito anos e também ministra um curso on-line para a formação completa a respeito do tema. O objetivo da capacitação oferecida pelo CMEC foi apresentar algumas noções básicas da importância da organização e da arrumação de um closet, serviço que pode render uma remuneração de até R$ 800.

"Este é um projeto inovador e diferenciado que o novo grupo do Conselho da Mulher Empreendedora está lançando em Poá. Nosso objetivo é oferecer oportunidades para as mulheres que precisam, além de despertar nos empresários e comerciantes que a nossa cidade vai evoluir de fato quando nós olharmos para a população com mais carinho e responsabilidade. Do que adianta eu ser uma pessoa bem sucedida, se outras estão sem condições até de sobrevivência?", explicou a diretora executiva do conselho, Débora de Lucrézio.

Segundo ela, o curso de "personal organizer" é o primeiro de muitos que ainda serão promovidos por meio do projeto. "Conseguimos reunir nessa primeira oportunidade 20 mulheres engajadas, que desejam dar uma guinada na vida e que viram no Projeto de Apadrinhamento uma oportunidade de se qualificar e, assim, conseguir uma colocação profissional. Os empresários e comerciantes podem apadrinhar pessoas que eles conheçam ou não, o importante é participar deste movimento transformador que estamos propondo", acrescentou. 

Organização

Responsável por ministrar o curso, Rosi destacou a importância de viver em um ambiente organizado. "Já foi comprovado cientificamente que a bagunça traz estresse, depressão e doenças, como obesidade e pressão alta. Então, quando prestamos este serviço, quando entregamos uma casa, nós transformamos a vida daquela pessoa junto. Eu vejo a transformação no cliente e é impactante quando termina, as pessoas até choram".

Apesar de ser um mercado pouco conhecido ainda no Alto Tietê, a "personal organizer' acredita que a região tem potencial para contratar e formar esse tipo de profissional. "Este é um serviço que pode atender todo tipo de público, tem mercado para todas as classes", enfatizou. Segundo ela, que ministra uma formação completa de quatro meses, por meio do curso rápido já é possível desenvolver algumas atividades de organização e ingressar no mercado de trabalho.

Este, inclusive, é o desejo da vendedora Ana Paula Teodora de Lima, que participou do curso, sendo apadrinhada por um empresário da cidade. Mãe de um filho autista, ela se viu sem tempo e incentivo para se qualificar nos últimos anos. Quando surgiu a oportunidade por meio do CMEC, fez questão de participar. "Foi incrível, porque me despertou para uma realidade nova que pode se transformar em trabalho, em renda extra e isso é muito importante, já que poderei empreender", finalizou.