O número de casos de dengue vem crescendo na região desde o ano passado, conforme os dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) até a quarta semana epidemiológica. Em janeiro de 2022, foram registrados 9 casos e nenhuma morte, e no mesmo período do ano seguinte, um aumento significativo para 48 casos confirmados, também sem óbitos. Porém, neste início de ano já foram 604 confirmações. 

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De acordo com o Painel de Monitoramento da Dengue (dengue.saude.sp.gov.br), lançado recentemente pelo Governo do Estado, por meio do Centro de Operações de Emergências (COE), a cidade com o maior número de casos desde o início do ano até a última quinta-feira (8) é Suzano, com 319 confirmações, seguida por Itaquaquecetuba com 113, e Mogi das Cruzes, com 70. Arujá, Guararema e Biritiba Mirim tem o menor número de registros, sendo 13, 12 e 11, respectivamente. 

Em todo o Estado, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, neste ano, até a quinta semana epidemiológica, encerrada em 3 de fevereiro, foram confirmados 29.386 casos de dengue e 4 óbitos. Os dados são sujeitos a alterações). No mesmo período do ano passado, foram 19.094 casos e 24 óbitos, e em 2022, 6.975 casos e 2 óbitos.


Mogi 

O número de casos em Mogi, segundo informações da Prefeitura, apresentou queda entre 2022 e 2023, saindo de 99 confirmações para 65, porém, neste ano, até o dia 2 de fevereiro, haviam sido confirmados na cidade 67 casos. 

 “Mogi das Cruzes mantém o Núcleo de Prevenção e Controle de Arboviroses que realiza ações permanentes de combate à dengue como visitas e mapeamento de bairros, atendimento de denúncias e o monitoramento dos locais onde há notificações de casos. Desde o início do ano, os técnicos estão intensificando os trabalhos nos bairros onde há casos confirmados da doença. Na segunda-feira (5) as vistorias e aplicações foram finalizadas na Vila Nova União e Vila Oliveira e na terça (6) os trabalhos foram iniciados na Vila São Sebastião e regiões próximas”, afirmou a administração municipal em nota.


Suzano 

Em Suzano, o número casos vem se mantendo, conforme informações da prefeitura. Em 2022, foram 450 casos positivos e um óbito; no ano passado, 500 casos e nenhum óbito; e neste ano, até 31 de janeiro, 260 casos positivos, também sem mortes registradas. 

“As ações do Setor de Controle de Zoonoses contra o mosquito Aedes aegypti são realizadas durante todo ano e intensificadas nos períodos chuvosos. Entre elas estão orientação casa a casa, entrega de materiais informativos, vistoria em locais estratégicos (ferros-velhos, depósitos, oficinas, borracharias etc.), bloqueios de criadouros do mosquito Aedes aegypti quando há suspeita/registro de casos e nebulização em pontos específicos”, afirmou a prefeitura em nota.

Em relação à nebulização de inseticida contra o mosquito nas vias públicas, a prefeitura informou que o Setor de Controle de Zoonoses deu continuidade na quinta-feira (8), atendendo o Jardim Maitê, o Jardim Luela e o Jardim Colorado. Esta medida vem sendo realizada desde o fim de janeiro e já foram beneficiados os bairros Vila Amorim, Jardim Varan e Jardim Revista.

“Além dessas ações, a Prefeitura de Suzano iniciou nesta semana o projeto ‘Aedes do Bem’ em 30 pontos do Jardim Varan, na região norte da cidade. Trata-se de um trabalho que tem como premissa reduzir consideravelmente a quantidade de mosquitos fêmeas que transmitem dengue, zika, chikungunya e febre amarela, utilizando mosquitos machos modificados geneticamente, que não fazem a transmissão, para reduzir a população dos insetos”, complementou a administração municipal.


Itaquá

A Prefeitura de Itaquaquecetuba informou uma tendência diferente do Estado, com queda no número de casos nos últimos anos, que caíram de 354, em 2022, para 193 casos, no ano passado, e neste ano, houve 98 confirmações. “A Secretaria de Saúde de Itaquaquecetuba atua de maneira intensificada em toda a cidade através da campanha ‘Casa a Casa’. Na ação, as equipes da Vigilância Epidemiológica e Controle de Zoonoses visitam as residências e eliminam criadouros do mosquito”, destacou em nota.
 
Segundo a pasta, também foi estabelecido um cronograma de campanha com os agentes de saúde em ações de bloqueio e outras medidas de controle larvário conforme o perfil do local. 


Ferraz

Já em Ferraz de Vasconcelos, segundo a Prefeitura, houve aumento de casos entre o ano passado e este ano, subindo de 58 para 64 casos, sem nenhuma morte registrada. A Secretaria de Saúde informou que estão sendo realizadas ações habituais de combate e controle da dengue, como bloqueios de casos, Avaliação da Densidade Larvária (ADL) e, as visitas de casa em casa reforçadas com os novos 260 Agentes Comunitários de Saúde (ACSs).

 

Poá        

Em Poá, houve entre janeiro e fevereiro deste ano, 157 notificações, com 47 casos confirmados, segundo a prefeitura. O bairro com maior concentração de casos é o Jardim Nova Poá. Entre 2022 e 2023, o número de casos na cidade aumentou de 45 para 69. 


Arujá 

O número de casos também aumento em Arujá entre 2022 e 2023. Segundo a prefeitura, o número subiu de 88 para 96 casos, e no mês de janeiro foram registrados 16 casos. 

“Estamos intensificando as ações de casa a casa, intensificando as ações de nebulização nas regiões de casos confirmados, treinamentos com as equipes de saúde, organizando ação ‘Cidade Limpa’, intensificações aos finais de semana, reunião com a população e com os síndicos de condomínios e organizando ações nas escolas após o retorno as aulas”, informou a prefeitura.


Estado 

Na última terça-feira (6), o Governo do Estado de São Paulo anunciou a criação do Centro de Operações de Emergências (COE), cuja primeira medida é destinar R$ 200 milhões do Incentivo à Gestão Municipal SUS Paulista (IGM) às prefeituras para o enfrentamento direto ao mosquito da dengue. Além disso, foi lançado o Painel de Monitoramento da Dengue que permite consultar todas as informações relativas aos casos notificados, em investigação, os confirmados e os descartados, além de dados como casos de dengue grave e os óbitos em todas as cidades. 

O Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de São Paulo, segundo a Secretaria de Saúde, monitora o cenário epidemiológico dos casos notificados e confirmados e também dos sorotipos circulantes no Estado, além de auxiliar permanentemente as ações de combate ao mosquito transmissor de arboviroses, dando apoio técnico aos municípios, que são os responsáveis pelo trabalho de campo para a prevenção à doença. 

 

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