Por volta de sete anos de idade, o hoje chefe de cozinha Luan Almeida de Freitas, de 30 anos, encontrou seu pai Carlos Alberto de Freitas pela última vez. Mais de 20 anos depois, eles voltaram a se encontrar no Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos, no início deste ano, onde o pai, hoje com 59 anos, está internado após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). 

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O primeiro passo para o reencontro da família foi uma publicação de Luan em setembro de 2023 em um grupo de pessoas desaparecidas na rede social Facebook. Entre muitas pessoas que comentaram a publicação, ele encontrou Mariana, que tem como hobby fazer árvore genealógica para ajudar pessoas a encontrar familiares desaparecidos. A partir da postagem no Facebook com informações sobre o pai foi feita a árvore genealógica e, as buscam começaram. 

Luan revelou que houve algumas coincidências que o fizeram encontrar a irmã de seu pai, que também procurava informações sobre Carlos Alberto, na esperança de revê-lo após 60 anos. A partir de um processo encontrado no site Jusbrasil com o nome do pai, em que o juiz determinava a permanência de Carlos Alberto no hospital até os 60 anos para depois ser encaminhado a uma instituição de longa permanência para idosos (ILPI), a família soube que ele estava no Hospital Regional de Ferraz.  

O chefe de cozinha contou que viveu sua adolescência em Ferraz e hoje mora em São Paulo. Em parte de sua juventude, segundo ele, culpou seus pais pelo distanciamento da família. Luan disse que enfrentou problemas com drogas e rejeitou sua primeira filha, mas na religião se reencontrou: "Por eu não ter um pai presente eu também não quis ser pai. Encontrei em Deus o pai terreno que não tive, liberei perdão e depois disso decidi ir atrás primeiramente dos meus avós paternos”. Hoje ele tem quatro filhos, assim como sua irmã, e nenhum dos netos conhecia o avô. 

Reencontro

No hospital em Ferraz, a família teve o aguardado reencontro. O filho explicou que o pai foi internado por conta de um AVC e recebeu o diagnóstico de esquizofrenia, por isso precisa de cuidados especiais. "Por eu ter encontrado meu pai nessa situação, sem os movimentos dos braços, pernas e esquizofrênico, decidi seguir uma orientação da Assistência Social com o encaminhamento para o lar de idosos. Se eu tivesse condições financeiras, o levaria para minha casa e daria o melhor, mas essa será a melhor opção”, afirmou. 

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Luan explicou ainda que o município de Ferraz de Vasconcelos e o Governo do Estado vão custear os gastos na instituição. “Escolhemos um lugar próximo onde vou poder sempre visitá-lo", concluiu. 


*Texto supervisionado pelo editor. 

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