A família de Genilson de Assis Santos, conhecido como Carioca, encontrado morto ao lado da namorada na represa de Taiaçupeba, em Mogi das Cruzes, no último dia 25, afirma não ter conseguido enterrar seu corpo em função de erros cometidos pelo Instituto Médico Legal (IML). A vítima teria sido sepultada por outras pessoas e, no momento, seus familiares não têm certeza nem mesmo em qual cidade ele está.

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De acordo com a filha da vítima, Lidiane Silveira de Assis Santos, que mora no Rio de Janeiro, a família esteva sem notícias dele nos últimos meses. “A última informação que a gente tinha é que ele estava morando na rua. No Natal, a família da namorada dele nos encontrou pelas redes sociais e avisou sobre a morte. Eu vim para Mogi e o IML nos chamou para reconhecer o corpo”, explicou.

 Segundo ela, ao chegar no local, o reconhecimento não foi feito em função do elevado estado de decomposição. “Disseram que não seria possível e que o caixão seria lacrado. Nos deram uma guia para enterrar ele no dia 28. Quando estávamos indo para o cemitério para resolver tudo, ligaram do IML e pediram para voltar urgente. Lá me disseram que ele tinha sido enterrado por outra família no dia 26, em Ferraz de Vasconcelos, por engano. Que o corpo que estava no IML era de uma mulher”, detalhou.

Lidiane afirma que a namorado do pai foi enterrada também em Ferraz e que uma das possibilidaes é que a família dela possa ter sepultado Genilson por engano. “Pode ser também que a família dessa moça que estava no IML tenha enterro meu pai por engano. Nós não temos certeza de nada. Depois de tudo fomos informados que meu pai estava enterrado em Mogi e não mais em Ferraz, mas não podemos fazer exumação agora para confirmar”.

Para a filha, faltou responsabilidade por parte do IML. “Como podem liberar o corpo de uma pessoa sem confirmar se aquela família é a dela? Tiraram o corpo do meu pai sem autorização e isso não pode acontecer. Não consegui enterrar meu pai e não sei nem onde ele está enterrado de fato”, desabafou.

Questionada pela Reportagem, a Superintendência da Polícia Técnico Científica (SPTC) esclareceu “o IML de Mogi irá abrir um procedimento administrativo para apurar todas as circunstâncias dos fatos” e ressaltou que “conforme Portaria 10 da Delegacia Geral de Polícia, um corpo somente pode ser liberado após a certeza da sua identificação, seja por meio dos métodos utilizados, como impressões digitais, ou pela retirada dos familiares”.  Além disso, devido a questões sanitárias, é necessário que o corpo seja enterrado a partir do prazo de 72 horas após a morte.

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