Após assembleia realizada na manhã de ontem, os trabalhadores da General Motors de Mogi das Cruzes encerraram a greve iniciada há 17 dias. A decisão se deu após a empresa garantir que reintegrará os mais de 1,2 mil funcionários demitidos, sendo pouco mais de 100 na planta mogiana, e não descontará os dias não trabalhados.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, a paralisação contra as demissões acabou, mas “a luta pelos postos de trabalho continua”. A expectativa é que sejam realizadas outras rodadas de negociações nos próximos dias para que se evite novos desligamentos.

Os funcionários decidiram cruzar os braços nas unidades Mogi das Cruzes, São Caetano do Sul e São José dos Campos após a GM demitir trabalhadores por meio de telegramas e e-mail. A justificativa para as demissões, segundo a empresa, é a queda nas vendas e nas exportações, que “levaram o grupo a adequar seu quadro de empregados” nas três fábricas. 

Histórico

No dia 1 de novembro, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo determinou o cancelamento das demissões. No dia 3, o Tribunal Superior do Trabalho (|TST) rejeitou o pedido da empresa para que as demissões fossem mantidas. Na última segunda-feira (06) foram realizadas reuniões entre os sindicatos e a direção da empresa para tratar da reintegração dos demitidos e outras questões pendentes.

Para o presidente o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi Miguel Torres, mais de 15 dias de greve, o acampamento e as decisões judiciais foram mais um exemplo de que a luta faz a lei. “Parabéns aos nossos dirigentes sindicais e aos trabalhadores da GM e suas famílias, pela unidade e firmeza na mobilização. Estamos vivenciando uma conquista histórica