O atendimento de pacientes que necessitam de hemodiálise deve ser ampliado na região ainda em novembro. A expectativa é que haja dois novos pontos em Mogi das Cruzes para a realização das sessões, o que beneficiaria 24 pacientes, sejam liberados pelo Governo do Estado. A novidade foi informada ontem pelo prefeito Caio Cunha (Podemos), durante entrevista concedida ao programa "No Centro do Poder".

O número insuficiente de sessões foi denunciado há duas semanas por pacientes que precisam ficar internados no Hospital Luzia de Pinho Melo para manter a vaga e conseguir fazer hemodiálise. Algumas pessoas relataram nas redes sociais estarem internadas há dois meses sem necessidade, já que poderiam estar em casa e ir até o hospital apenas no momento de realizar o procedimento.

De acordo com o prefeito de Mogi, a situação foi levada até o secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, que teria alegado desconhecimento sobre a realidade na região. “Nós apresentamos essa situação e, mais do que cobrar o Estado e jogar a bola para eles, nós apresentamos soluções. Mogi tem uma clínica particular que faz esse tratamento por meio de um convênio com o governo estadual. Nós pedimos recurso para a criação de mais dois pontos de hemodiálise, o que parece pouco, mas já atenderia mais 24  pacientes”, adiantou.

Cunha afirmou que o chefe da pasta estadual recebeu bem a sugestão e se comprometeu a tomar providências ainda em novembro. 

Reorganização

A ampliação da hemodiálise seria parte do projeto de reorganização da Saúde proposta pela gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para o Alto Tietê. Para auxiliar o Estado nesse projeto, a Prefeitura de Mogi disponibilizou equipamentos de saúde da cidade, como o Hospital Municipal de Bráz Cubas e o prédio construído para receber uma maternidade municipal, mas que até hoje está sem uso. 

“O secretário de Saúde falou que vai fazer a reorganização do sistema CROSS (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde), que vai abrir leitos no Hospital Regional do Alto Tietê, em Suzano, e que está vendo outras oportunidades. Nós ofertamos nossos espaços para colaborar nesse processo”, adiantou.

Cunha relembrou a situação do Pronto Socorro da Santa Casa de Mogi. A pedido de Paiva, a entidade aceitou prorrogar o contrato com a prefeitura por mais seis meses para que, nesse período, a cidade transfira o serviço para outro espaço. “Esperamos que nesse período seja possível fazer restruturações na saúde da região e essa demanda tenha sido solucionada. Nós sugerimos que o convênio para atendimento da Maternidade da Santa Casa seja transferido para o prédio da nova maternidade, que hoje está vazio. Dessa forma sobraria mais espaço para o funcionamento do PS, mas essas trocas não são simples de acontecer”, detalhou.

O prefeito de Mogi voltou a defender a permanência do PS na região central para que não exista desequilíbrio no atendimento em toda a cidade. “Todos os equipamentos foram construídos para manter equilíbrio da saúde em todas as regiões. Não é simplesmente trocar o Pronto Socorro de lugar. Nós trabalhamos com dados. Avaliamos o cenário e vemos como a população vai se comportar, por isso pedimos um prazo legítimo e razoável para construção de um novo PS no centro!”, finalizou.

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