Para tentar barrar o projeto do Governo do Estado que prevê instalação de pedágio nas rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertiota, o prefeito de Mogi, Caio Cunha (Podemos), promete organizar uma mobilização popular e política em breve, além de ingressar com ações judiciais contestando o edital de concessão que será lançado em novembro.

De acordo com o chefe do Executivo, uma manifestação contrária ainda mais forte será apresentada agora, após o governo estadual confirmar a publicação do edital com os detalhes da licitação para escolha da empresa que ficará responsável pela gestão das estradas e cobrança das tarifas. 

“Agora, nossa mobilização será muito maior e convocaremos todos os cidadãos e as forças políticas para,  juntamente com a Prefeitura, se manifestarem contrários à instalação de pedágio em Mogi. Novamente, com a publicação do edital em novembro, teremos elementos para promover novas ações e recursos jurídicos para barrar o pedágio em nosso município. Vamos sempre resistir!”, destacou o prefeito.

Acusado por vereadores de oposição de não estar tomando medidas concretas contra o projeto estadual, Caio Cunha rebateu e afirmou que desde o início da sua gestão vem trabalhando “diariamente para barrar a instalação do pedágio com diversas ações políticas, administrativas e judiciais”. Ele também relembrou sua atuação, ainda como vereador, na primeira luta da cidade contra a cobrança.

“Em 2019 integrei e liderei uma frente de mobilização ‘Pedágio Não’, quando os primeiros movimentos para instalação do pedágio foram iniciados pelo governador João Doria. Em 2021, assumi como prefeito, e desde então, meu compromisso contrário ao projeto segue firme”, ressaltou. O político destacou ainda a ação promovida pela Prefeitura em setembro, quando o município conseguiu uma liminar cancelando a audiência pública que tratou sobre a concessão, bem como a paralisação do edital: “Mostramos ao governador que não aceitamos o pedágio em nossa cidade. O Governo de São Paulo recorreu e suspendeu essa liminar e dará sequência ao edital e futuras ações”.

Câmara 

Sobre as indicações apresentadas nessa semana na Câmara sugerindo que a prefeitura realize um estudo técnico de impacto financeiro e social do pedágio; uma audiência reunindo Executivo, Legislativo, deputados, entidade e sociedade para debater a concessão; além da convocação da população para mobilizações contra a cobrança e a realização de plenárias nos bairros que serão mais afetados; Caio Cunha afirmou que toda ajuda terá sempre seu apoio. 

“Qualquer movimento da Câmara que possa somar às  diretrizes do Executivo em andamento, contrárias à instalação do pedágio, será apoiado”, finalizou.


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