Com a proximidade do fim do convênio entre a Prefeitura de Mogi e a Santa Casa de Misericórdia em novembro e a manifestação pública da unidade em não renová-lo, o que fará com que a cidade perca o atendimento realizado hoje no Pronto Socorro do hospital, a administração municipal levou a situação ao Governo do Estado já que, de acordo com o Executivo, o serviço prestado não atende apenas o município, mas também a região, compreendendo também as cidades de Guararema, Biritiba Mirim e Salesópolis.

Nessa semana, a Mesa Diretiva da Santa Casa de Mogi divulgou um comunicado informando que “a transferência do serviço do Pronto Socorro para a municipalidade não se trata de questões financeiras e sim restrições estruturais e operacionais” e que a unidade tem por objetivo “focar suas ações nas especialidades referenciadas como ortopedia, neurologia, oftalmologia e Ginecologia e Obstetrícia para melhor atender a população”.

A Prefeitura de Mogi, por sua vez, lembrou que na atual gestão foi mais que duplicado o valor do repasse mensal para funcionamento do Pronto Socorro da Santa Casa, passando de R$ 992.936, 96 para R$ 2.236.960,25 “e tornando a operacionalização do PS superavitária”.

 Novo PS

Uma saída para o imbróglio entre o Poder Público e a entidade seria a construção de um Pronto Socorro Municipal, mas segundo a prefeitura, “diante da indisponibilidade de imóvel na região central, uma alternativa seria adaptar o Pronto Socorro nas instalações do Hospital Municipal, em Braz Cubas”.

Para que esse projeto se torne realidade, o Executivo ressalta que “existe a necessidade de manifestação do Governo do Estado, do município, que vem realizando os estudos necessários, e bom senso da Santa Casa, que é uma entidade filantrópica”.

Rede

Em sua defesa, a Santa Casa afirma que ao longo dos últimos anos “se dispôs auxiliar o município com a prestação dos Serviços de Pronto Socorro, obrigação exclusiva do município, tendo em vista que a municipalidade até então não possuía as condições necessárias”

Também destaca que essa realidade mudou e que hoje seu convênio com a cidade não se faz mais necessário uma vez que a mesma "possui elogiável e moderna estrutura para atendimento da população, contando com unidades de pronto atendimento (UPAs), unidades básicas de saúde (UBSs), Ambulatório Médico de Especialidades, Centro de Atenção Psicossocial, CAPS AD, Centro de Atendimento Psicossocial (CAPSi), Laboratório Municipal de Exames Diagnósticos, Pró-Criança, Pró-Mulher, UNICA (Centro de Especialidades Médicas), Única Físio, Unidades da Saúde da Família, além do Hospital Dia e Hospital Municipal.