Em reunião realizada na última segunda-feira (2) como o "Movimento Pedágio Não", o secretário de Estado de Parcerias e Investimentos, Rafael Benini, afirmou que o projeto de concessão da rodovia Mogi-Dutra será modificado para que seja acrescentada a duplicação de aproximadamente um quilômetro, ou seja, o trecho inicial da estrada da Pedreira. A medida, segundo ele, seria mais uma contrapartida do governo estadual para redução dos impactos da cobrança de pedágio prevista para a via e também para a Mogi-Bertioga.

 De acordo com um dos fundadores do movimento, Paulo Bocuzzi, além da promessa de duplicação do trecho, que será usado como rota de fuga por muitos motoristas quando o pedágio estiver valendo, o chefe da pasta estadual, que esteve em Mogi, também confirmou a cobrança proporcional do valor para os motoristas que acessarem a rodovia Mogi-Dutra pela alça localizada no km 43, e que estejam seguindo para a rodovia Ayrton Senna, conforme negociação iniciada na última reunião, realizada no mês passado, na capital.

“Nós explicamos que aquela região é muito sensível, porque pode se tornar uma rota fuga do pedágio. Pessoas que estão na rodovia Ayrton Senna podem utilizar essa rota por Itaquá e por aquela região para acessar a Mogi-Dutra após a cobrança do pedágio”, detalhou Bocuzzi. Segundo ele, a estrada da Pedreira já apresenta problemas em função do grande fluxo de veículos e caminhões e a proposta do Estado é duplicar apenas o trecho inicial. 

 O fundador do movimento também detalhou a redução de cobrança para os moradores do Jardim Piatã, Margarida, Aruã, Novo horizonte e bairros de Itaquá e Suzano. “Quem vem para pegar a rodovia Ayrton Senna e utiliza o acesso do km 43, trafegando apenas um quilômetro pela Mogi-Dutra, vai pagar proporcional, ou seja, algo em torno de um terço da tarifa”, detalhou.

Para Bocuzzi, a abertura para diálogo, bem como as mudanças no projeto, demonstram boa vontade por parte do parte do Governo do Estado em atender pedidos e reduzir ao máximo os impactos causados pelo pedágio, mas ainda assim o Movimento Pedágio Não reiterou em mais essa reunião sua posição contrária em relação a qualquer tipo de cobrança nas duas rodovias, em especial a Mogi-Dutra.

Ainda durante o encontro, Benini pediu que os representantes do Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e Região (Sincomércio), do Sindicato Rural de Mogi e da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Mogi das Cruzes (Aeamc), também presentes no encontro, apresentem outra sugestões de melhoria no projeto para que a cidade e o Alto Tietê sejam menos afetados.