Os reflexos da Reforma Tributária para o setor industrial foram debatidos durante palestra promovida pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) Alto Tietê, nesta quarta-feira (25). O projeto que altera o sistema tributário nacional está em discussão no Senado e a expectativa é que seja votado em novembro pelos senadores. O evento reuniu diretores da entidade, além de empresários da indústria regional de diversos setores produtivos.
Para o diretor regional do CIESP Alto Tietê, José Francisco Caseiro, a aprovação da Reforma Tributária é um passo importante para trazer segurança aos empresários da indústria e fortalecer a competitividade não apenas da região, mas do Brasil. "Enquanto a reforma não é votada, vivemos em um momento de espera e incerteza. Esse cenário não faz bem ao ambiente de negócios, pois os empresários não enxergam um horizonte em que possam projetar investimentos", analisou.
O objetivo da Reforma Tributária, que foi aprovada em julho pela Câmara dos Deputados, é simplificar o atual sistema através da redução do número de impostos e a unificação de cobranças que tem a mesma base de incidência, assim como promover a transparência, tornando a operação mais clara e compreensível para empresas e pessoas.
De acordo com o Diretor do Departamento Jurídico do CIESP, Hélcio Honda, a Reforma Tributária busca desonerar os tributos pagos, além de facilitar o acesso e o entendimento sobre o sistema atual. "É fundamental termos uma reforma para tirar a complexidade, criar uma legislação mais simples e fluida, e claro, com uma carga menor. Essa é uma reivindicação antiga da indústria que vem sofrendo bastante com importações e mercados ilegais. Acreditamos que devemos ter sim uma reforma, que não é a dos sonhos, não é a melhor, mas é a que pode ser feita e dada a complexidade do sistema atual, será uma boa mudança.", reforçou.
Honda reforçou que o atual sistema tributário brasileiro tem impactos sobre os resultados do Produto Interno Bruto (PIB). "Não é só o pagamento do tributo, é a complexidade e a necessidade de um setor fiscal muito grande das empresas, o que gera um custo alto. Se pudermos navegar por mares mais calmos, conseguimos trazer mais investimentos e melhorar a performance do PIB", esclareceu.