O prefeito Caio Cunha assinou, na última quarta-feira (20), a autorização para a criação de um conselho que ficará responsável pelo acompanhamento do Projeto Mogi 500 Anos. A assinatura ocorreu no Cemforpe, durante o evento de apresentação da primeira etapa do Mogi 500 Anos, que fez um diagnóstico detalhado do município. Com o Cemforpe lotado, foi recebida a presença de autoridades políticas, representantes de entidades, associações, terceiro setor e lideranças comunitárias, entre outros, além de uma apresentação da Orquestra Sinfônica Jovem.

O evento contou também com a participação de crianças que integram o programa ‘Detetives do Nosso Bairro’, que relataram a Mogi das Cruzes que desejam para seu futuro. Também subiram ao palco jovens participantes do ‘Empodera Juventudes’, para palavrear a importância do projeto Mogi 500 Anos à população juvenil. O arquiteto Ciro Pirondi apresentou brevemente o projeto ‘Rio dos Horizontes’ e as possibilidades para a arquitetura da cidade envolvendo a parte rural.

“Estamos colocando Mogi na rota do desenvolvimento. Mais do que crescer, queremos que Mogi se desenvolva e por isso estamos planejando a cidade a médio e longo prazo”, afirmou o prefeito Caio Cunha, ao lado da vice-prefeita Priscila Yamagami, para completar em seguida: “Hoje conhecemos o diagnóstico de como a cidade está, o que as pessoas esperam que melhore para que, na próxima fase, ocorra o apontamento de metas a serem cumpridas ao longo dos próximos anos”.

A autorização assinada pelo prefeito delega à sociedade a decisão de definir como será este conselho, que recebeu o nome de Conselho Mogi 500 Anos. Este conselho consiste em uma instância focada na deliberação dos temas pertinentes ao projeto e vai reunir o setor público e privado, além de universidades, terceiro setor e sociedade civil. 

A missão do conselho será perpetuar o Projeto Mogi 500 Anos, por meio da proposição e criação de uma organização social de inovação e estratégia, sem fins lucrativos, apartidária, que terá como objetivo pensar estrategicamente o desenvolvimento de longo prazo de Mogi das Cruzes.

 Lançado em junho de 2022 e coordenado pela Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Estratégica, o Mogi 500 Anos está dividido em três etapas: "Diagnóstico: Mogi até Hoje”, “A Cidade que Sonhamos e que Precisamos” e “Caminhos Estratégicos”. No evento de quarta-feira, foi apresentado ao público o resultado da primeira etapa do projeto, que foi o “Diagnóstico: Mogi até hoje”.

Diagnóstico

Durante esta primeira etapa, a SEPLAG realizou várias ações, com o levantamento técnico da consultoria Macroplan (que contou com apoio financeiro do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), no valor de R$ 500 mil), a realização de Grupos de Trabalho Temáticos para discutir a cidade, além de ações de secretarias municipais que auxiliaram no processo de diagnóstico.

O secretário municipal de Planejamento e Gestão Estratégica, Lucas Porto, explica que, dentro do recorte desta etapa de diagnóstico, foram ouvidos cerca de 1,8 mil adultos e 1,8 mil crianças. Foi perguntado a eles qual sua percepção em relação a cidade em assuntos diversos, como Mobilidade, Saúde, Habitação Social, Educação, Cultura, Turismo, entre outros. O questionamento incluiu como as pessoas enxergam a cidade hoje e como imaginam que Mogi das Cruzes estará daqui a 40 anos.

“Basicamente, o diagnóstico apresentado mostra que o mogiano avalia a cidade como soberana em relação à qualidade de vida. E para manter a cidade com qualidade vida, fluidez no trânsito, equipamentos de saúde, atendimento à terceira idade, entre outros, é preciso planejar. É possível, por exemplo, identificar pontos que precisam de um planejamento mais estruturado, como mais atenção à saúde, à educação e à mobilidade”, explica Lucas Porto.

Ele complementa lembrando que esse diagnóstico já deu origem a ações concretas para o atendimento de demandas, com entregas efetivas como o novo CIAS, atualização do Pró-Hiper e duas UBSFs, todos na área de saúde. Na área de mobilidade, as atualizações recentes de dispositivos viários, como na avenida Prefeito Carlos Ferreira Lopes, são outro exemplo de ação efetiva executada a partir de demandas da população. 

“A próxima etapa será a de construção das metas e dos projetos que serão prioritários para atingir estas metas. Teremos mais participação social para essas fases, que é base de todo o projeto”, completa Lucas Porto.