Mogi- A Divisão de Zoonoses, em parceria com o Grupo de Vigilância Epidemiológica GVE8 (Alto Tietê) e o Instituto Pasteur, promoverá hoje uma capacitação teórico/prática do Programa de Vigilância da Raiva e Técnica de Remoção de amostras do Sistema Nervoso Central (SNC), para diagnóstico de raiva. O evento é voltado para profissionais do setor e envolve todos os municípios do Alto Tietê.
A capacitação compreenderá um dia inteiro de trabalho e contará com a realização de treinamento teórico (ficha de notificação e fluxos) e prático (remoção de SNC para a deteccção de vírus).
O evento permitirá aos profissionais que desempenham funções atreladas ao Programa de Vigilância de Raiva da região ter acesso às informações e atualizações mais recentes acerca do programa e da doença, bem como receber o treinamento da prática de remoção de SNC.
Intitulada "Capacitação de Retirada de SNC de Animais", a atividade será realizada das 8h30 às 17 horas, sendo a manhã destinada à parte teórica, na Escola de Governo e Gestão (rua Antenor Leite da Cunha, 55, Vila Nova Mogilar), e o período da tarde dedicado ao treinamento prático, no Núcleo de Bem Estar Animal (Estrada de Santa Catarina, 2570, bairro Rio Acima), no distrito de Cezar de Souza.
Os profissionais de vigilância epidemiológica e do setor de zoonoses que participarão já fizeram inscrição prévia, por meio dos Grupos de Vigilância Epidemiológica, do Centro de Vigilância Epidemiológica "Dr. Alexandre Vranjac", pertencente ao governo do Estado.
Raiva
A raiva é uma zoonose viral que se caracteriza como uma encefalite progressiva aguda e tem letalidade de aproximadamente 100%, portanto são tidos como raros os casos de cura. O vírus rábico, contido na saliva do animal, penetra no organismo principalmente por meio de mordedura e, raramente, pela arranhadura e lambedura de mucosas.
No ciclo urbano, as principais fontes de infecção são o cão e o gato. No Brasil, o morcego é o principal responsável pela manutenção da cadeia silvestre. Importante salientar que a raiva é uma doença que acomete todos os mamíferos. O curso da doença, entretanto, varia entre as espécies, com a morte ocorrendo, em média, entre cinco e sete dias após a apresentação dos sintomas, período no qual pode se dar a transmissão da doença.
A articulação sistemática, com a área de vigilância epidemiológica, para atualização quanto à ocorrência de casos humanos, prevalentes ou incidentes, seja no território ou em áreas circunvizinhas, bem como outras informações, é de extrema importância.