Suzano - A cidade de Suzano teve na tarde de domingo a primeira edição da Parada do Orgulho LGBTQIA , organizada por coletivos culturais e organizações não-governamentais de defesa da comunidade LGBT. O evento, que quase não foi realizado por uma ação da Prefeitura de Suzano, foi confirmado pela Justiça e contou com mais de três mil participantes.
A parada foi promovida pelas organizações e coletivos Rede Periférica Família Stronger, A Casa da João e a Frente LGBTI de Suzano, com o apoio de uma comissão organizadora envolvendo coletivos culturais da região. O tema foi "Resistência e Existência: Existimos e queremos cultura, saúde, trabalho e educação". Foram mais de 30 apresentações musicais e culturais de artistas de Suzano e do Alto Tietê.
Segundo a organização, o evento superou a expectativa de público, com mais de três mil participantes, sendo dez vezes mais do que o aguardado. "Tivemos a participação de pessoas de cidades do Alto Tietê como Mogi das Cruzes, Itaquaquecetuba, Poá, Ferraz de Vasconcelos, da zona sul de São Paulo, de Osasco e outras cidades", explicou José Vandei, integrante da Frente LGBTI de Suzano e um dos organizadores do evento.
A concentração teve início ao meio-dia na rua Abdo Rachid, no centro, e seguiu até o Parque Municipal Max Feffer, no Jardim Imperador. Participaram do evento lideranças, como a coordenadora do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) de Mogi, Inês Paz; as deputadas estaduais Monica Seixas e Carolina Yara (PSOL), do ex-prefeito de Suzano Marcelo Candido, entre outros.
Segundo Vandei, um dos pontos positivos foi a regionalização dos debates trazidos pela Parada do Orgulho LGBT, cujo evento em São Paulo se tornou um dos maiores do mundo, e o apoio do comércio e da comunidade local.