A votação favorável ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Congresso Nacional repercutiu no cenário político mogiano. A maior parte das autoridades ouvidas pelo Mogi News se posicionou a favor da retirada da presidente do cargo. Os líderes das principais bancadas da Câmara Municipal, por exemplo, apoiaram a votação. O prefeito Marco Bertaiolli (PSD) afirmou que "o mundo não acabou" e que "Mogi acordou cedo para trabalhar". O presidente do Diretório Municipal do PT, Rodrigo Valverde, afirmou que a articulação na cidade e em Brasília continuarão em defesa da democracia.
Segundo o prefeito Bertaiolli, o processo de impeachment é um momento pelo qual devemos sair fortalecidos. "O Brasil precisa de trabalho, nós não temos tempo para julgar os certos ou errados de um processo que está na Constituição Brasileira. Podemos concordar ou não, mas precisamos dar as mãos e tocar o Brasil para frente. Existe uma intransigência, falta de diálogo pessoal, arrogância e pouca comunicação no governo da presidente Dilma Rousseff. Ela se distanciou da sua base, se distanciou do PT e não dialogou com o Congresso, e o resultado é o isolamento e 367 votos pelo seu afastamento ontem (domingo)". 
O presidente do diretório municipal do PMDB e presidente da Câmara, Mauro Araújo, avaliou que a população espera por mudanças. "O governo perdeu a credibilidade e a confiança dos brasileiros. É uma derrota dupla, e uma presidente da República que não consegue um terço de votos na Câmara não pode continuar. Acredito que Michel Temer tenha condições de construir um novo pacto, com seriedade política e transparência", disse.
O vereador Antonio Lino da Silva (PSD) ressaltou que a população precisa ter paciência e que "medidas impopulares terão que ser tomadas para fazer o Brasil voltar a crescer". Para o vereador Sadao Sakai (PR), o processo de impeachment é irreversível. "O País exige atitudes rápidas, pois a economia está passando por um momento muito complicado", acrescentou.
Rodrigo Valverde avaliou que na votação no Congresso Nacional não foram discutidos os méritos do processo e que os deputados se deixaram levar pelo senso comum. Ele ressaltou que as justificativas à favor do impeachment foram vagas e informou que na quarta-feira, às 19 horas na Câmara Municipal, será feito um evento em favor da democracia, que reunirá várias entidades e segmentos da sociedade. Para o presidente, caso Temer assuma, os brasileiros perderão direitos conquistados. "No meu entendimento, uma parte considerável das pessoas se politizou ao ver a postura do Congresso", disse.