O Hospital Municipal de Mogi das Cruzes, em Brás Cubas, passará a operar a partir do dia 1º de maio com um grande Plano de Reforço na área da pediatria. A ação, que terá um investimento mensal de R$ 122 mil, tem por objetivo agilizar o atendimento na unidade, que hoje passa por uma superlotação e realiza quase o dobro de procedimentos planejados.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Marcello Cusatis, a principal motivação para a implementação deste plano é o grande número de pacientes que têm procurado o Pronto Atendimento (PA) do hospital em decorrência de problemas respiratórios, com destaque para os casos suspeitos de H1N1.
Até a manhã de ontem, 6 mil atendimentos haviam sido realizados no local, número 15% maior que o registrado em todo o mês de abril de 2015. O teto prevê no máximo 6,5 mil procedimentos ao mês.
Outro fator considerado é a grande quantidade de crianças internadas na unidade. Isso porque ao todo são 23 leitos destinados à pediatria, no entanto, até a manhã de ontem, 42 pacientes estavam internados. Desta forma, uma segunda ala, que era destinada a outras faixas etárias, precisou ser ocupada pelos menores. "Nós tivemos que suspender uma parte das cirurgias não programadas dos adultos porque as crianças que sobem do PA têm que ser internadas. Temos atendido o dobro da capacidade de crianças, sendo que no ano passado a faixa de internação era de 50%. Além disso, 90% das internações são por problemas respiratórios e 20% são por suspeitas de H1N1", disse.
Entre as medidas previstas pelo novo plano está a reestruturação no quadro de funcionários, que passará a contar com mais médicos e enfermeiros. "Antes havia um médico que passava todos os dias apenas pela manhã para ver a evolução dos pacientes. Agora teremos um médico exclusivo para a área de internação, que cuidará desses casos 24 horas. Caso o quadro do paciente venha a se agravar, o doutor já estará por perto. As altas dos pacientes também terão uma supervisão melhor, o que deixará nossa rotatividade de pacientes mais dinâmica. Então teremos quatro médicos que ficarão cuidando do PA, um médico na internação e um na observação", detalhou.
Já a outra ação prevê a implantação de uma segunda triagem para que o quadro clínico de cada paciente possa ser acompanhado ainda mais de perto. "Há também a segunda triagem, onde iremos contratar mais dois enfermeiros e 12 técnicos de enfermagem. Nós temos uma classificação de risco e hoje vamos fazer duas, exatamente para quando houver essa superlotação, não haver risco de deixarmos para trás nenhum paciente que possa estar em estado mais grave", explicou.