Após anos de espera e apreensão, 54 famílias de Mogi das Cruzes que vivem em áreas que passaram pelo processo de regularização fundiária, desenvolvido pela Coordenadoria Municipal de Habitação, conquistaram o sonho da casa própria. Isso porque na manhã de ontem, elas receberam das mãos do prefeito Marco Bertaiolli (PSD) a escritura de seus imóveis.
Entre os beneficiados estão 25 famílias da Vila Municipal, dez do condomínio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) da Vila Cléo e outras 19 residentes do Jardim Pavão I.
Cerca de 220 pessoas foram contempladas. Entre elas está o aposentado Isnar Lima dos Santos, que há mais de duas décadas reside no Jardim Pavão I. "Isso é um sonho. Muitas vezes recebemos ameaças de que teríamos que sair da nossa casa. Agora isso acabou, pois somos donos dela", comemorou. 
Com esta nova entrega, a Prefeitura chega à marca de 619 escrituras entregues desde 2009, quando a primeira regularização fundiária foi concluída no município. Somente este ano, cerca de 4.620 novas famílias deverão ser beneficiadas pela ação, uma vez que residem em áreas onde o processo encontra-se em estágio avançado.
Durante a cerimônia, o presidente do programa Cidade Legal, Renato Góes, elogiou o trabalho desenvolvido pela Prefeitura de Mogi das Cruzes. " O Governo do Estado é apenas um apoiador. Todo o mérito é da prefeitura e do trabalho que vem sendo realizado por meio da Coordenadoria Municipal de Habitação. Hoje é dia de festejar e, para nós, é uma satisfação muito grande estarmos aqui", frisou.
Já Bertaiolli destacou que a iniciativa trará segurança jurídica aos beneficiados. "Nós temos nos esforçado muito para poder regularizar tantas áreas irregulares na cidade de Mogi. São loteamentos, casas construídas em locais que foram ocupados de forma irregular e até mesmo apartamentos habitacionais do CDHU. Por meio da Coordenadoria de Habitação estamos conseguindo entregar as escrituras para estas famílias, para que todos tenham tranquilidade e rompam com esse elo de ameaça constante, sem saber se vão perder a casa ou não, até para que possam deixá-la como patrimônio para seus filhos", comentou. 
Por fim, destacou que a entrega da documentação não gerou nenhum custo para os moradores. "Muitas pessoas talvez não tivessem condições financeiras de arcar com os custos cartoriais. Com o apoio da Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, inclusive, nós apoiamos um subsídio para o pagamento dos emolumentos cartorários e hoje entregamos mais uma etapa", concluiu. (S.L.)