A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e a Diretoria de Agronegócios de Suzano está em fase de implantação efetiva do Programa Municipal de Compostagem, que tem o objetivo de produzir cerca de 500 quilos de composto orgânico por dia, para que os agricultores participantes tenham um reforço em suas produções. O projeto está sendo desenvolvido em um terreno na Vila Ipelândia, no distrito de Palmeiras.
De acordo com o responsável pelo setor, Blair de Moura Aquino, o objetivo do projeto é fazer com que os produtores agrícolas utilizem seus próprios resíduos para nutrir as próximas plantações, sem desperdício. "Queremos que o ciclo se feche na própria plantação, desde o plantio até a destinação dos resíduos. Isso reduz o custo de produção e possibilita que o agricultor estabeleça um preço mais competitivo, com vistas à sustentabilidade", aponta.
O composto orgânico demora de 25 a 30 dias para ficar pronto, depois de iniciado o processo. Aquino reforça que este processo é muito viável, pois além de baixíssimo custo, não gera chorume, odor ou atrai animais como baratas, moscas ou escorpiões. "Podemos transformar qualquer matéria orgânica em compostagem, desde restos de folhas a restos de comida", frisa.
O processo de compostagem é feito com restos de serragem (maravalha), com um produto acelerador (rico em micro-organismos que decompõe os produtos orgânicos em tempo muito menor do que o usual) e o próprio produto orgânico, como folhas ou restos de alimentos. Após a mistura e tempo de espera, peneira-se o produto e as menores partículas retornam à terra, servindo como alimento para a plantação.
"O objetivo é espalhar este conhecimento entre os agricultores para que cada um produza seus próprios compostos orgânicos. Nesta primeira fase, com esta quantidade de material, conseguimos atender a cinco plantações", afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico, Rafael Garcia.