Como já era esperado, muita gente deixou as compras de Páscoa para última hora. Desta forma, a procura por chocolates movimentou o comércio da região na manhã de ontem. Mas ainda assim os lojistas do setor não estavam muito otimistas.
De acordo com Andrea Vieira, coordenadora de uma loja especializada em artigos de chocolates, localizada na área central de Mogi das Cruzes, as vendas desta Páscoa devem ficar na mesma média em relação ao ano passado. "Com essa crise, o movimento ficou bem baixo. Nós já esperávamos isso, então estamos investindo nas promoções, fazendo alguns descontos para atrair o consumidor. A expectativa é de pelo menos manter a mesma margem de lucro da última Páscoa, que já não foi alta", relembra.
Barras, bombons, trufas, cestas, chocolate branco, crocante, ovos recheados, de colher, amargo e ao leite. Com a grande diversidade de produtos fica fácil agradar aos mais variados gostos. No entanto, a dificuldade, segundo o publicitário Leo Castilho, de 39 anos, é conseguir comprar presentes para todos os entes queridos, sem que isso pese no orçamento. "Os chocolates, de modo geral, estão bem mais caros do que no ano passado. Mas o que mais me impressiona é a diferença de valor de uma barra de chocolate para o ovo da Páscoa. Por isso, dessa vez vai ser apenas uma lembrancinha, para não passar em branco", disse.
O preço dos chocolates preocupou também a funcionária pública Ângela Maria da Silva, de 34 anos, que no centro de Suzano comprova os produtos para atender as últimas encomendas. "Hoje as barras estão bem mais caras do que as que comprei antecipadamente. Esperava que fosse até conseguir preços melhores, mas pelo jeito vou acabar tendo um lucro menor desta vez", contou.
Para garantir a economia, muitos consumidores apostaram na boa e velha pesquisa de preços. Foi o caso da dona de casa Jucilene Silva, de 31 anos. "Estou procurando um ovo para meu filho. Ele me pediu algum que venha com brinquedo, mas também não abre mão do chocolate. O problema é que os que vêm algum brinde são bem pequenos e o preço acaba não compensando", comentou.
Situação parecida foi vivenciada pela dona de casa Elaine Cristina da Silva, de 41 anos. "No meu caso a dor de cabeça é tripla. Estou comprando ovos para três crianças e, apesar da variedade de produtos,  está sendo difícil, principalmente por conta dos preços que estão bem altos. Tenho pesquisado, ido em lojas diferentes para ver se consigo não gastar muito", destacou.