Após suspender o trâmite no ano passado e receber questionamentos por parte da Câmara, a Prefeitura de Poá retomou ontem a licitação para escolha da Organização de Saúde (OS) que irá administrar o Hospital Municipal Dr. Guido Guida, o Centro de Atenção Psicossocial (Caps II) e alguns serviços de duas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade.
De acordo com a publicação feita pela administração municipal, as OSs interessadas em participar do certame devem apresentar suas propostas até o dia 8 de abril, quando será feita a abertura dos envelopes.
A vencedora terá que administrar três lotes de serviços, sendo o primeiro referente ao gerenciamento e operacionalização das atividades do hospital municipal, o segundo se refere a serviços de saúde no apoio diagnóstico por imagens nas UBS Wellington Lopes (Jardim América) e Cypriano Mônaco (Jardim Nova Poá), e o terceiro referente a gestão das atividades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps II), que ainda não foi inaugurado.
A primeira licitação foi aberta em novembro do ano passado, quando a pasta ainda era comandada pelo médico Marco Antonio Grandinni Izzo, mas acabou sendo suspensa poucos dias depois. Na ocasião, os vereadores que integravam a Comissão de Saúde da Câmara cobraram explicações mais detalhadas sobre o assunto. "Até agora, pelo que nos foi apresentado, só temos dados superficiais", relatou o então presidente da comissão, Ricardo Massa (PP), hoje relator.
Questionada, a atual presidente da Comissão de Saúde, Jeruza Reis (DEM), afirmou o grupo já fez uma reunião nesta semana para discutir o assunto e que a Secretaria de Saúde ainda não apresentou a demanda no encontro anterior, que tratou também sobre esse assunto da terceirização.
Benefícios
No ano passado, a pasta afirmou que o objetivo da administração em terceirizar a administração do hospital era economizar recursos e concentrar esforços e investimentos na atenção básica. Na ocasião, o então secretário apresentou um balanço dos gastos mensais para manutenção da unidade e o custo anual, que chegava a R$ 43,1 milhões, o que representa 54% do Orçamento total destinado à saúde. A meta era contratar a OS por um valor máximo de R$ 2,7 milhões por mês.