As unidades de Saúde de Mogi das Cruzes já estão realizando exames de sorologia, por meio do laboratório municipal, administrado pelo Hospital Albert Einstein, para a detecção da dengue. O objetivo é agilizar o processo de diagnóstico que vinha sofrendo certa morosidade em função do grande número de demandas encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz, até então responsável por fazer as análises do município.
A sugestão para que as análises fossem feitas no laboratório municipal foi apresentada pelo presidente da Comissão Permanente de Saúde da Câmara Municipal, vereador Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho, o Chico Bezerra (PSB), durante a audiência de prestação de contas referentes à pasta da Saúde, no mês passado.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Marcello Cusatis, a ação já está em vigência desde a última segunda-feira. "Nós já estamos fazendo exames de sorologia de dengue em todas as unidades de saúde de Mogi. Então, se o paciente passar em um pronto atendimento, estando no terceiro dia de sintoma, nós não vamos fazer o teste rápido, porque ele tem apenas 60% de precisão", disse.
Cusatis explicou ainda que o prazo para obtenção do resultado dos exames ficará até três vezes menor do que o anterior, quando as análises eram realizadas pelo instituto paulista. "Ao passar na unidade de saúde com suspeita de dengue o paciente será orientado a colher o exame de sorologia no sexto dia de sintomas. Em seguida, o laboratório Albert Eisten, que presta serviços para a prefeitura, vai liberar o resultado em, no máximo, cinco dias. O Instituto Adolfo Lutz, mesmo dentro de sua normalidade, demora 15 dias e nós faremos em cinco para que possamos acompanhar mais de perto a epidemiologia da cidade", comentou.
Por fim, o secretário destacou que 157 notificações de suspeita de dengue ainda estão na fila de espera do Adolfo Lutz para serem analisadas. "Hoje nós continuamos com nove casos confirmados, sendo oito importados e um contraído em Mogi das Cruzes. Ao todo foram 374 suspeitas notificadas. Destas, 230 são de mogianos e as demais são de pacientes de outros municípios. Além disso, 64 delas tiveram respostas negativas", esclareceu.