A falta de apoio por parte de alguns municípios do Alto Tietê, como Suzano e Itaquaquecetuba, que utilizam os serviços da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) de Mogi das Cruzes, faz com que a unidade fique impossibilitada de atender a um maior número de pacientes que necessita deste tipo de auxílio.
O problema tem causado transtorno a dezenas de pessoas da região, como a técnica em administração Pamela Beniz, de 30 anos, que é moradora de Suzano. Há meses ela luta por atendimento para o filho Cézar Beniz Nunes, de 2 anos e nove meses, que sofre de paralisia cerebral. "Quando completou 10 meses de idade ele recebeu o diagnóstico e iniciamos o processo seletivo para conseguir uma vaga na AACD de Mogi. Foram várias etapas até que ele começasse a ser atendido por uma pediatra. Em novembro do ano passado estava marcado uma consulta de retorno para ver se a bota ortopédica que ele estava utilizando estava dando resultados ou se teria que tirar. No entanto, nunca passamos com a médica, pois AACD congelou ele na lista de espera pois Suzano não ajuda financeiramente a instituição", contou.
Para ela a principal preocupação é o fato da criança continuar sem atendimento até hoje. "Ele sempre foi bem atendido na AACD. O problema é que não fomos comunicados que o atendimento seria suspenso e desde então ele não recebe tratamento. E isso só será retomado depois que o município passar a colaborar. Independente de quem seja a culpa, ele está sendo o maior prejudicado", lamentou.
De acordo com a AACD, o paciente em questão não estava em atendimento na instituição. "Ele passou somente pela consulta de triagem (denominada avaliação global) e seguindo orientação da própria Secretaria Municipal de Saúde de Mogi, o orientamos a procurar a rede pública de saúde de seu município", comentou.