Os casos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti devem aumentar a partir de fevereiro, afirmou ontem a diretora da Vigilância Epidemiológica Municipal, a médica Tereza Nihei, durante a capacitação sobre o vírus zika e a microcefália organizado pela Secretaria Municipal de Saúde, que reuniu 40 médicos tanto da rede pública quanto particular de Mogi das Cruzes.
Na próxima semana será a vez das enfermeiras da cidade passarem por esta palestra. A diretora da Vigilância Epidemiológica Municipal, a médica Tereza Nihei, esclareceu que o município não tem registro de casos de zika vírus. Ela esclareceu que o período de férias e carnaval requer atenção, pois esta época gera um grande deslocamento de pessoas. 
O município contabiliza atualmente seis casos confirmados (exportados) de febre chikungunya e 1.996 notificações de dengue, dos quais 882 confirmados. Tereza afirmou que o zika ainda é uma doença nova e que existem muitas dúvidas. "Apresentamos o protocolo do Ministério da Saúde que fala do manejo dos casos de gestantes que apresentam alguma sintomatologia que possa eventualmente ser sugestiva para o zika e as crianças que nascem com microcefalia. Além disso, falamos sobre a importância do monitoramento e investigação para diagnóstico ou não de zika", destacou.
De acordo com a diretora, o principal obstáculo enfrentado no zika é a dificuldade de diagnóstico. Ela ressaltou que ainda existem muitas dúvidas. "Não sabemos o número de casos em São Paulo ou se existem de fato, pois a sorologia ainda não está disponível. Sabemos que apenas 20% dos pacientes infectados manifestam sintomas. Temos a preocupação com relação às férias e o Carnaval. Na região nordeste a doença está bem estabelecida e existem casos confirmados. Em Mogi estamos nos preparando para o atendimento para identificá-lo de forma precoce a fim de fazer o bloqueio", esclareceu.
Proliferação
Para a diretora, a principal forma de evitar a proliferação do zika vírus é combatendo o Aedes aegypti. "Se não tem o mosquito, não teremos o zika, chikungunya e a dengue. Ainda existem muitas dúvidas, como por exemplo, qual o período mais vulnerável de ocorrer a microcefalia e quais as outras doenças que o vírus provoca", acrescentou.