O número de casos de alta complexidade atendidos pelo hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, no Mogilar, aumentou cerca de 50% quando comparado ao mesmo período do ano passado. De acordo com o diretor do hospital, Luiz Carlos Viana, diariamente, cerca de 600 pessoas são atendidas no Pronto-Socorro da unidade.
Viana explicou que o crescimento dos casos mais graves, como acidentes, problemas cardíacos e de câncer acabam impactando no tempo de permanência dos pacientes no hospital. A média de alta mensal da unidade é de 1,1 mil.
Na terça-feira, diversas macas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Mogi ficaram retidas no hospital. Por causa deste problema, um boletim de ocorrência foi registrado no 1° Distrito Policial de Mogi das Cruzes. De acordo com o documento, das 11 viaturas do serviço, sete estavam retidas no Luzia. Segundo o Samu, a retenção das macas prejudicou o serviço solicitado pelo 192. Essa não é a primeira vez que a situação é registrada. Sem as macas, as viaturas não podem prestar atendimento. 
Viana afirmou que o caso foi uma situação pontual e que, no momento, 30 pacientes estavam sendo atendidos no Pronto Socorro que conta com 10 leitos. "A demanda é grande. Cada um vê o seu lado. Foi um problema pontual. Não tivemos nenhum problema nem ontem (quarta-feira) e nem hoje (ontem). Precisamos dar assistência e é necessário ter espaço e médicos", afirmou.
O diretor informou que o perfil de pacientes que procura o atendimento do Luzia tem mudado. Ele esclareceu que antes a maior parte de pessoas que buscava o hospital era formada por pacientes com casos de baixa complexidade. "A quantidade não cresceu, mas o perfil sim. Temos notado, em termos de ocupação, um aumento na complexidade dos pacientes neste ano, na comparação com 2015. Houve um crescimento de 50%, principalmente de emergência de politraumatismo, casos cardíacos e de câncer. Isso demanda um tempo maior de internação. A região toda vem para o Luzia e temos hospitais que fecharam e que não funcionam como deveriam", acrescentou.
Segundo o diretor, cerca de 30% das pessoas atendidas pelo Luzia possuem plano de saúde. Em outros hospitais da região existem situações de pessoas de outras cidades, como São Paulo, que buscam atendimento no Alto Tietê. Viana afirmou que a vinda de pessoas de fora da região são esporádicas.