"O paciente possui total autonomia de se deslocar para qualquer serviço de saúde vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS)". Está foi a resposta utilizada pela Prefeitura de Suzano sobre a solicitação da Secretaria Municipal de Saúde de Mogi das Cruzes de que os demais municípios da região busquem outras unidades de referência em obstetrícia. Isso porque, neste momento, a maternidade e a UTI neonatal da Santa Casa mogiana enfrentam uma superlotação.
Durante entrevista coletiva realizada para falar sobre a superlotação da maternidade, o diretor técnico da Santa Casa de Mogi, Nicolau Machado Caivano, informou que já teria solicitado à direção da Santa Casa de Suzano que atendesse as gestantes suzanenses e que teria sido informado de que "assim que a equipe médica estiver completa, as pacientes serão reorientadas para o município de origem".
No entanto, ao ser procurada para repercutir o assunto, a administração municipal de Suzano, informou que "não existe nenhuma recusa da unidade com relação ao atendimento". Entretanto, "se mesmo feito todo o acolhimento (pré-natal) e a gestante opta por ter o parto em outra unidade vinculada ao SUS em outro município, a mesma possui autonomia para tal", disse em nota.
A Prefeitura de Suzano afirmou ainda que, com o objetivo de fortalecer o vínculo e a adesão das pacientes ao serviço de parto na Santa Casa suzanense, que está de portas abertas para realizar esse tipo de atendimento, mantém o Projeto Ninar. "Nele, toda gestante que chega ao fim da gestação realiza uma visita na maternidade e conhece as acomodações que irá ocupar", explicou.
Por fim, destacou que a maternidade de Suzano também "vivencia a realidade de receber pacientes de outros municípios, sendo que muitos são oriundos de Poá, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba e até mesmo Mogi das Cruzes", concluiu.
Outros Municípios
Questionada sobre a solicitação de que busque outro hospital referência para a realização de partos, que não seja a Santa Casa de Mogi, a Secretaria Municipal de Saúde de Itaquaquecetuba, afirmou que a medida não afeta o município "uma vez que esse equipamento não é referência para os partos de gestantes da cidade". A pasta informou ainda que em 2015 " nenhum dos bebês de Itaquá nasceram no hospital mogiano"
Guararema, por sua vez, informou que conta com a maternidade da Santa Casa de Misericórdia do próprio município. "As gestantes do município fazem o parto aqui e têm, durante a gravidez, acompanhamento da Secretaria Municipal de Saúde".
Os demais municípios da região foram procurados pela reportagem, mas até o fechamento desta edição não se posicionaram.