Passado mais um ano sem que a obra do hospital regional com recursos do governo federal tivesse início, a Prefeitura de Suzano revogou o processo de pré-qualificação que havia definido o consórcio HF-CDG Suzano como o responsável pela construção da unidade, prometida ainda na administração do ex-prefeito Marcelo Candido. A suspensão foi informada por meio de uma publicação oficial feita pela administração municipal no final de semana.
A concorrência pública foi aberta em 2014, quando as empresas interessadas foram chamadas para o processo de pré-qualificação. Em março deste ano, o Executivo iniciou o processo de escolha das concorrentes já aprovadas na pré-qualificação, sendo definida nessa etapa somente a HF-CDG, consórcio formado por duas empresas, a Heleno & Fonseca Construtécnica S/A e CDG Construtora Eireli.
Segundo a Prefeitura de Suzano, os investimentos para a execução da primeira etapa do hospital, que prevê inicialmente o pronto-atendimento, é de R$ 25 milhões, porém, a obra toda custa R$ 100 milhões. A unidade hospitalar terá capacidade para 210 leitos e também atenderá as demais cidades do Alto Tietê.
O projeto foi dividido em quatro etapas, por meio de módulos, para viabilizar os repasses. Os R$ 25 milhões destinados à primeira etapa do projeto já foram liberados pela Caixa Econômica Federal, mas até o momento sequer foi definida a construtora que executará a obra, o que, inclusive, poderá comprometer o uso da verba posteriormente.
O novo prédio será erguido na futura extensão da rua Sete de Setembro, no Jardim Imperador, já que há projetos para prolongar a via até a avenida Paulista, no Jardim Monte Cristo.
Esse prolongamento passará por uma área atrás da Faculdade Piaget, próximo à Lagoa Azul. O processo para criação do novo trecho da rua também está atrasado, já que abriga atualmente uma favela com mais de 50 barracos.
O Dat questionou ontem a Prefeitura de Suzano sobre os motivos da revogação do processo de pré-qualificação, quando o mesmo será reaberto e se a administração municipal terá condições de iniciar a construção do hospital em 2016, mas não recebeu retorno dos questionamentos até o fechamento desta edição.