Tão influente quanto a instabilidade econômica pela qual passa o Brasil, o momento político também faz com que os investimentos deixem de ser realizados. Prova disso é a estagnação que vive a indústria de transformação do Alto Tietê, segundo os presidentes dos Sindicatos dos Metalúrgicos de Suzano e de Mogi das Cruzes.
Em conversa com a reportagem do jornal Dat, ambos os dirigentes ressaltaram que o momento político do País tem dificultado a retomada do emprego nas indústrias locais. No entanto, somente esperar pelas definições que ocorrem no Palácio do Planalto, não é o melhor caminho a ser seguido. "A crise política paralisou todo o Brasil e por causa disso não vejo uma saída em médio prazo para a região. Mas a gente não tem que ficar pensando somente nisso, estamos vendo com os empresário uma maneira de sair dessa situação", detalhou Miguel Torres, presidente do sindicato de Mogi das Cruzes.
O sindicalista ainda comentou sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). "Adotamos uma postura de neutralidade na questão do impeachment, o que interessa para nós é que o País volta a crescer. Agora, é claro que essa instabilidade afeta o Brasil inteiro".
Por outro lado, o presidente do sindicato de Suzano, Pedro Benitez, afirmou que a possível troca de comando em Brasília, já mexeu com a economia. "Só de falar em impeachment já houve reação na bolsa e queda do dólar. É preciso que isso seja decidido o quanto antes para que a produção melhore e tenha a retomada do emprego".
Benitez também comentou o medo que os consumidores tem de comprar em épocas de crise. "Acho que lá pela metade do ano que vem deve haver uma melhora. Hoje o consumidor tem medo de comprar porque não sabe se daqui a alguns meses terá como pagar já que pode estar desempregado, e isso afeta tudo", finalizou o presidente do Sindicato suzanense.