O prefeito de Ferraz de Vasconcelos, Acir Filló (PSDB), deve acionar a Justiça ainda essa semana sobre a circulação de contratos comerciais, segundo ele falsos, que estariam em seu nome e uma tentativa de extorsão. Em um desses documentos está a compra do Dat, jornal do Grupo Mogi News. Um boletim de ocorrência já foi registrado na Delegacia-Seccional de Mogi das Cruzes sobre o fato.
Em contato com a reportagem, o tucano negou que tenha feito tais contratos. Destacou ainda que essa atitude é invenção de adversários políticos, já de olho na disputa eleitoral do ano que vem. "Sem dúvida a eleição em Ferraz já começou. Isso é coisa de adversário politico, ainda não posso afirmar quem é, mas posso afirmar que este falsário é da política", disse.
Filló argumenta sobre os documentos afirmando que alguns "contratos" teriam sido firmados com pessoas que já morreram. "Tem alguns documentos com a minha assinatura que foram feitos na semana passada com pessoas que já morreram há mais de dez anos. Ou seja, isso é uma falta de respeito com o eleitor da cidade e com essas pessoas também".
Antes, porém, que esses documentos chegassem ao conhecimento de algumas pessoas na cidade, e até dos vereadores, uma pessoa teria telefonado ao prefeito dizendo que não distribuiria os documentos caso fosse paga uma quantia em dinheiro. "Não sei quem é essa pessoa que tentou me extorquir, nem tive tempo de perguntar. Assim que ela falou já desligou. Não entrou nem em assunto de valores".
O acesso à assinatura do prefeito e demais dados particulares para a confecção dos contratos comerciais, pode ter se originado após o desaparecimento de uma pasta que estava no interior da casa do tucano. Filló acredita que foi por meio desse expediente que o falsário pôde criar os documentos falsos. "Há cerca de uma semana, desapareceu da minha casa uma pasta com documentos pessoais, da época da eleição. Alguns contratos também desaparecera. Deve ser nesse período que os falsários copiaram a minha assinatura, meus dados pessoais".
O boletim feito na delegacia foi registrado como tentativa de extorsão e documentos falsos. A direção do Grupo Mogi News esclareceu que o jornal Dat não está sendo negociado.