O Programa Bom Prato, do governo do Estado, completa 15 anos no mês de dezembro. Desde a inauguração, em 2000, já serviu mais de 258 milhões de toneladas de alimentos e 155 milhões de toneladas de frutas. O volume seria equivalente a quatro anos de almoços diários para uma população do tamanho da França, com cerca de 67 milhões de habitantes.
Na comparação, a somatória também alimentaria por um ano a população brasileira, a quinta maior do mundo com 205 milhões de pessoas. O cálculo considerou pesquisas científicas que que evidenciam o consumo anual de uma tonelada de alimentos sólidos e líquidos por pessoa.
Com 50 unidades instaladas no Estado de São Paulo, o programa, coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, atende anualmente mais de 20 milhões de pessoas. Na região, Mogi das Cruzes, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba e Suzano têm o restaurante do programa.
O almoço, com 1,2 mil calorias, é geralmente composto por arroz, feijão, salada, legumes, prato principal, farinha de mandioca, pãozinho, suco e sobremesa (normalmente uma fruta da época) e tem custo de
R$ 1,00 para o usuário. Crianças com até 6 anos não pagam.
Já o café da manhã tem leite com café, achocolatado ou iogurte, pão com margarina, requeijão ou frios e uma fruta da estação. A refeição, de 400 calorias em média, custa R$ 0,50 ao usuário.
Mesmo preço
Durante esses 15 anos, o grande desafio do governo do Estado foi manter o valor da refeição a R$ 1,00 sem reajuste para a população. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que no acumulado dos últimos dez anos (2005-2015), a inflação dos alimentos avançou 99,73%, enquanto o IPCA-Geral ficou em 69,34%.
As refeições servidas pelo Bom Prato são subsidiadas pelo governo do Estado. O repasse é de R$ 3,81 para almoço/adulto e R$ 4,81 para almoço/criança, além de
R$ 1,03 para o café da manhã.
Desde a inauguração foram investidos pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social cerca de R$ 380 milhões entre custeio das refeições, implantação e revitalização das unidades.
Com o aumento do repasse, autorizado em novembro de 2015, houve um investimento adicional de R$ 7,8 milhões para 2016. O esforço do Governo do Estado de São Paulo na manutenção do preço e ampliação do atendimento colocou o Bom Prato como o maior programa de alimentação popular do Brasil.