Depois da Câmara de Itaquaquecetuba, o Legislativo de Suzano resolveu tomar uma atitude para que a cidade passe a colaborar financeiramente com a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) de Mogi das Cruzes. A unidade deixou de atender pacientes das duas cidades no mês passado, já que enfrenta um período de crise e hoje trabalha com déficit de
R$ 40 mil por mês, conforme o Dat já divulgou no início do mês.
Na sessão de anteontem, a Câmara de Suzano aprovou o projeto de lei do vereador Said Raful Neto (PSD) que autoriza o Executivo a celebrar convênio com a AACD, onde o município faria um repasse de R$ 12 mil mensais para a unidade. A propositura foi aprovada pelos parlamentares e precisa da sanção do prefeito Paulo Tokuzumi (PSDB) para que passe a valer.
No plenário, o vereador destacou a importância do projeto lembrando que, mensalmente, 170 crianças da cidade dependem dos serviços da unidade. "Suzano é responsável por uma demanda grande de atendimentos e não ajuda com nenhum centavo. A AACD faz um trabalho sério, oferece tratamento e reabilitação para nossas crianças e as insere na sociedade. Agora, por falta de responsabilidade do Executivo, nossas crianças deixam de ser atendidas", destacou o vereador.
O Dat questionou a Prefeitura de Suzano sobre a possibilidade de adotar o convênio proposto pelo parlamentar, mas o prefeito não se manifestou sobre o assunto até o fechamento desta edição. Em outras oportunidades, o tucano se limitou a dizer que o município enfrenta uma crise financeira e por isso não tem condições de colaborar.
Itaquá
Em Itaquá, um projeto semelhante foi protocolado pelo vereador Rolgaciano Fernandes (PTN) e deve seguir para votação em breve. O valor proposto para a AACD é o mesmo aprovado em Suzano.
"Temos acompanhado na Imprensa que a AACD de Mogi está passando por um momento financeiro conturbado e que os pacientes de Itaquá tiveram atendimento interrompido por conta da falta de recursos, sobretudo, da falta de repasse por parte da prefeitura de Itaquá. Por isso, apresentamos o documento a fim de que o prefeito (Mamoru Nakashima) tenha a autorização legal para oficializar o convênio". (C.M.)