A Comissão Permanente de Educação e Cultura da Câmara Municipal recebeu um abaixo-assinado com mais de 400 assinaturas de pais da escola estadual Arlindo Aquino de Oliveira pedindo a permanência da unidade na rede estadual. O presidente da comissão, o vereador Mauro Araújo (PMDB), informou que o documento será apresentado para a dirigente regional de ensino Rosania Morales Moroni ao longo desta semana. Ontem pela manhã, a dirigente participou de uma reunião na Câmara mogiana para discutir a reorganização escolar no município - que desde que foi anunciada tem gerado muitos protestos.
Araújo afirmou que, durante o encontro com a dirigente, diversos assuntos foram discutidos, entre eles o transporte dos alunos para outras unidades. "Falamos sobre como a reorganização está sendo feita e colocamos nossa insatisfação com a comunicação que está sendo realizada. Acredito que a população não está tendo informação adequada. Eles [governo do Estado] tomam uma decisão e voltam atrás. Não estamos discutindo o mérito da reorganização, pois isso é uma política de governo. O que precisamos é ver o prejuízo para os mogianos. é necessário ver o transporte, que já é deficitário. Temos crianças que já andam quilômetros para pegar o ônibus", disse.
Araujo esclareceu que o assunto da escola Arlindo Aquino de Oliveira foi tratado durante a reunião. "Fizemos a reunião de manhã e a dirigente diz que tudo está uma maravilha, mas a tarde vem a comunidade aqui na Câmara com mais de 400 assinaturas. Vamos entregar esse abaixo-assinado junto com os pais", acrescentou.
A professora Roselene da Silva, de 65 anos, informou que a notícia da transferência do prédio para a Prefeitura pegou todos de surpresa. "Não estávamos sabendo. A escola tem 170 alunos. No primeiro momento, falaram que as crianças seriam transferidas para escolas com até 1,5 quilômetro de distância, mas os alunos vão para uma unidade a 4 quilômetros mais longe", destacou.