Dados divulgados pelo Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) apontam que Mogi das Cruzes fechou o mês de outubro com uma economia de apenas 7,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. Este foi o pior índice registrado desde que o Plano de Contingenciamento de Água foi implantado no município, em fevereiro. Além disso, o volume ficou bem abaixo da meta proposta pela ação que prevê uma redução no consumo de no mínimo 30%.
Ainda segundo o balanço divulgado pela autarquia, a economia atingida pelos mogianos vem caindo de forma gradativa. Até então o pior índice havia sido registrado em setembro (10%). Já o melhor percentual de redução de consumo foi atingido em fevereiro (27,7%), quando os efeitos da crise hídrica estavam mais evidentes (veja quadro).
Apesar dos resultados terem sido inferiores ao preconizado pela administração municipal, o Semae avalia que "a redução do consumo é sempre positiva". Ao contrário da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a autarquia mogiana não ofereceu nenhum tipo de bônus para motivar os consumidores a economizar. 
Em relação aos números de outubro o órgão esclareceu que "um fato a ser considerado é que o inverno de 2015 foi atípico, com temperaturas muito altas para essa época do ano, o que levou as pessoas a consumirem mais água". Além disso, reforçou o pedido de economia e de consumo consciente para que a redução fique mais próxima da meta prevista.
Por fim, informou que, juntamente com a Prefeitura, segue com as ações previstas no plano de contingenciamento. Além disso, reforçou o pedido de economia e de consumo consciente "para que a economia fique mais próxima da meta prevista".
Poços Artesianos
Outra importante medida prevista pelo Plano de Contingenciamento de Água já está em andamento. Trata-se da licitação para perfuração de cinco poços artesianos, que deverão ser utilizados no abastecimento à população em caso de agravamento da crise.
Segundo o Semae o projeto, cujo o investimento estimado é de R$ 1.240.566,10, prevê inicialmente a implantação de dois poços em Jundiapeba, dois em Brás Cubas e um no Botujuru.
A previsão é de que o processo licitatório seja concluído até o fim deste ano. No entanto, por ser ata de registro de preços, as obras serão feitas de acordo com a necessidade.