Dados do balanço parcial do Projeto de Segurança Pública de Mogi das Cruzes, divulgados pela Promotoria de Justiça, apontam que, entre janeiro e outubro deste ano, 525 prisões foram efetuadas no município. Os números compreendem as detenções realizadas pelas Policias Civil e Militar em operações vinculadas ao projeto, ao longo deste período.
A ação, que foi idealizada pelos Promotores de Justiça Nathan Glina e Renato Kim Barbosa, consiste na criação do Plano de Ação Integrada de Segurança Pública. A iniciativa se propõe a unir todas as forças ligadas direta ou indiretamente com a área da segurança pública em torno de um trabalho integrado, coordenado e planejado, para reforçar efetivamente a sensação de segurança e a tranquilidade da população. O acordo foi fechado em janeiro deste ano pelo prefeito Marco Bertaiolli e representantes do Ministério Público e das Polícias Civil e Militar.
Das 525 prisões efetuadas, pelo menos 182 delas são flagrantes realizados pela Polícia Civil. Além disso, outras 24 detenções referem-se à soma dos foragidos capturados por ambas as policias. Também chama a atenção entre os resultados os números do envolvimento de menores de idade com a criminalidade. Ao longo dos oito meses, 49 adolescentes foram apreendidos e outros 26 foram sindicados.
Além da realização de operações com foco no combate ao tráfico de drogas; infrações de trânsito ou para o cumprimento de mandados judiciais, o projeto também foi responsável por ações preventivas e sociais, tais como Rua Feliz; destinação de vagas para tratamento ambulatorial de usuários de drogas, de dependentes químicos; implantação da Justiça Terapêutica, entre outros.
Para o promotor de Justiça Renato Kim Barbosa, os resultados obtidos até o momento "demonstram que o projeto está no caminho certo, produzindo efeitos concretos em prol da população". "Este é um levantamento que não contempla as ações do ano todo, pois a intenção foi apenas verificar os efeitos iniciais e sabermos se de fato o projeto estava surtindo resultados positivos. Diante do que nos foi apresentado e dos números que pudemos ver, ficamos bastantes satisfeitos. As reuniões vão continuar acontecendo, inclusive já fixamos o calendário para o ano que vem. A expectativa é aprimorar o projeto ainda mais, tendo como base o que já foi feito até aqui", disse.
Barbosa acrescentou ainda que ação deverá servir de modelo para outros municípios do Estado. "Trata-se de um projeto inovador. Há outros semelhantes em outras cidades, mas o diferencial de Mogi é que, além de combater a criminalidade, a ação também tem um enfoque preventivo, voltado para as questões sociais. Se deu certo aqui, a intenção é propagar para outras regiões. É importante destacar que isso não demanda um custo a mais para o Estado, pois todas as atividades já são realizadas. O que foi feito foi uma organização e coordenação", comentou.