O prefeito Marco Bertaiolli (PSD) afirmou que a possibilidade da instalação de um aterro sanitário em Mogi das Cruzes está "enterrada". A declaração de Bertaiolli foi dada depois que a notícia de uma suposta venda do terreno que abrigaria o lixão do Taboão foi levantada na cidade. A informação chegou a movimentar as lideranças do município que demonstraram contrariedade ao assunto. A notícia foi veiculada durante o programa Radar Noticioso, da jornalista Marilei Schiavi, da rádio Metropolitana.
De acordo com as informações, o terreno que iria abrigar o lixão da empresa Queiroz Galvão, e que se tornou um "fantasma" na vida dos mogianos nos últimos anos, estaria sendo vendido para uma empresa interessada em instalar um aterro sanitário no espaço. Bertaiolli rejeitou a possibilidade da instalação da estrutura no distrito. "Vencemos a batalha contra o aterro sanitário no Taboão depois de muitos anos e da participação de muitas pessoas. Conseguimos junto com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) em 2010, enterrar o aterro definitivamente. Estamos na mesma sintonia que o governo estadual, quando falamos que o Taboão é um distrito industrial e não é para ter o aterro", destacou.
O prefeito informou que não há motivo para preocupação em relação ao aterro na cidade. "Qualquer informação a esse respeito, na minha opinião é prematura. A Prefeitura não tem nenhuma informação sobre isso. Não existe a possibilidade de ninguém instalar algo em um território se a Prefeitura não for anuente com isso. Essa é uma discussão, ao meu ver, nesse momento, sem nenhum sentido", acrescentou.
O ex-deputado Junji Abe (PSD) estava no programa de Marilei, quando o assunto veio à tona. "Hoje, fica mais distante, mas não podemos permitir que aquela área, que pertence ao empresário Raul Lerário, volte novamente a ter um desejo de alguém instalar um aterro sanitário, pois isso seria praticamente a destruição da economia de Mogi", ressaltou.
O deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar do Taboão, Marcos Damásio, reforçou que a possibilidade da instalação de um aterro está muito longe de ocorrer. "Vamos acompanhar atentamente, mas isso não interessa ao desenvolvimento do distrito industrial do Taboão. A cidade se posicionou contra. Além disso, para criar o aterro é preciso ter os licenciamentos, junto ao governo e a Prefeitura. Já tentaram fazer isso uma vez e não conseguiram", afirmou.