Desde o começo do ano, até ontem, foram sonegados em impostos pelos moradores do Alto Tietê, a quantia de R$ 3,38 bilhões. Ao menos essa é a informação do painel do Sonegômetro, mantido pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda (Sinprofaz). Em todo o Brasil, durante o mesmo período, foi deixado de recolher aos cofres públicos, cerca de
R$ 417 bilhões.
O cálculo é feito sob o número de habitantes das cidades, ou seja, cada morador, em média, deixou de arcar com R$ 2,14 mil em tributos e taxas das três esferas de governo até o final desta quarta-feira (ontem).
Para se ter uma ideia, a quantidade de impostos vencidos é maior do que os valores pagos, desde janeiro. Segundo o painel Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o Alto Tietê enviou aos cofres públicos R$ 2,03 bilhões, uma diferença de 166%.
Separando os dados por cidade, é Mogi das Cruzes que possui o maior valor de sonegação. O painel informou que, em média, os mogianos deixaram de pagar R$ 912 milhões, desde o começo do ano, mas, durante o mesmo período, enviaram, por meio de pagamentos de taxas e tributos, R$ 537 milhões. Itaquaquecetuba aparece logo em seguida com uma dívida fiscal estimada em R$ 758 milhões, dividida entre os mais de 352 mil moradores.
O município de Suzano fecha a lista das três maiores cidades da região em número de habitantes. O Sonegômetro apontou que a população dessa cidade deixou de pagar cerca de R$ 613 milhões, e por outro lado arrecadaram apenas
R$ 375 milhões.
Demais cidades
Em quarto lugar aparece Ferraz de Vasconcelos. A dívida média dos moradores dessa cidade é de R$ 396 milhões. Já Poá surge com
R$ 244 milhões, em sonegação de impostos.
Fecham a lista de possíveis sonegadores os moradores de Arujá, com R$ 180 milhões em débitos, Santa Isabel,
R$ com 118 milhões, Biritiba Mirim, R$ 66,9 milhões, Guararema, com R$ 60,9 milhões e Salesópolis, com R$ 35,8 milhões. (F.M.)