O nível do Sistema Produtor Alto Tietê (Spat) fechou o mês de outubro em queda, assim como o volume de chuva registrado nos últimos 30 dias, de acordo com levantamento diário feito pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
No dia 30 de setembro, os reservatórios operavam com 15% de sua capacidade, enquanto que ontem o registro era de 13,7%, resultando em uma baixa de 1,3 ponto percentual de um mês para outro.
Apesar dos resultados negativos, quando comparados com o mesmo período do ano passado, podem ser considerados bastante satisfatórios, já que, em outubro de 2014, os reservatórios operavam com apenas 6,6%, ou seja, mais de 7% a menos que o volume atual.
Em relação aos últimos seis meses, a Spat tem registrado quedas quase constantes. Somente em setembro o volume de chuvas foi suficiente para que o nível das represas subisse. Na ocasião, as chuvas somaram 170,2 mm, contra apenas 94,5 mm em outubro, apesar das últimas semanas chuvosas registradas na região.
Transposição
Nem mesmo o bombeamento de água da represa Billings para o Sistema Alto Tietê fez o volume das represas da região aumentar. A transposição foi iniciada no começo do mês, mas ainda não opera com força total.
A redução no volume repassado, previsto inicialmente para ser de 4 mil litros por segundo, se deve ao assoreamento de aproximadamente três quilômetros do rio que recebe a água logo sua captação.
Desde que a obra foi inaugurada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), o nível do Spat caiu de 15,2% para 13,7%. Questionada, a Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos (SSRH) informa que o bombeamento está em operação assistida, o que já tem colaborado para o aumento da segurança hídrica do Sistema Alto Tietê e da Região Metropolitana.
A SSRH ressaltou ainda que, gradualmente, o volume de água transferida aumentará até alcançar sua força total, de 4 mil metros cúbicos por segundo, mas não informou quando isso acontecerá, nem quando as intervenções serão finalizadas em Ribeirão Pires.