Com a paralisação dos bancários, os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) encontram dificuldades para fazer a comprovação de vida, pois não conseguem a confirmação de senha nas agências em que costumam realizar o saque dos rendimentos. A Previdência Social recomendou que os beneficiários aguardem o fim da greve e garantiu que ninguém terá os pagamentos suspensos por causa da pendência durante esse período.
Uma parte dos aposentados depende das agências bancárias para realizar os procedimentos da chamada "fé de vida". A comprovação passou a ser obrigatória após o recadastramento feito no ano passado. É um procedimento que o governo federal implantou para evitar fraudes no pagamento de benefícios previdenciários ou assistenciais. Esse procedimentos são realizados na data de aniversário do benefício.
Os beneficiários estão há 19 dias impedidos de fazer a comprovação de vida, mas os proventos não serão bloqueados durante o período da greve, só que os aposentados e pensionistas deverão formalizar o procedimento assim que a greve acabar. Eles deverão se dirigir à agência bancária munidos de documento com foto. Se esses procedimentos não foram realizados durante o funcionamento normalizado dos bancos, e o segurado não fizer a prova de vida, o pagamento será bloqueado, automaticamente, pelo INSS.
Greve
"Hoje (ontem), o Comando Nacional dos Bancários se reuniu com a Federação dos Bancos (Fenaban) para fazer as negociações e apresentar as propostas", contou Nivaldo Carvalho que é o diretor do Sindicato dos Bancários de Guarulhos, que abrange Arujá, Itaquaquecetuba e Ferraz de Vasconcelos.
De acordo com o Sindicato dos Bancários de Mogi das Cruzes, até a manhã de ontem, a propostas apresentada pela Fenaban foi de reajuste salarial e de PLR de 10% e 14% para os vales. " A proposta traz desconto dos dias parados ou compensação, à escolha do empregado. Segundo a Fenaban, foi rompida a resistência dos bancos, que tinham por objetivo reajuste abaixo da inflação", informou o sindicato por meio de nota, publicada no site. Até o fechamento desta edição, os bancários não haviam decidido se aceitariam ou não a proposta dos patrões.