A Prefeitura de Mogi das Cruzes realizou ontem o 5° Encontro Anual dos Empreendedores de Rua, no Centro de Cidadania e Arte (Ciarte). Durante o evento, o prefeito Marco Bertaiolli (PSD) informou que a administração municipal vai autorizar que os empreendedores interessados migrem para a categoria de food trucks. Bertaiolli anunciou ainda, que a taxa anual de licença vai permanecer em R$ 10. O encontro contou com o apoio do Sebrae.
O prefeito afirmou que o objetivo da reunião anual é garantir a capacitação dos empreendedores de rua. "Muitos deles estão sustentando suas famílias e gerando empregos. Temos casos de pessoas que contam com até 10 funcionários. Isso é um grande desenvolvimento social e econômico. Uma oportunidade de renda e emprego que precisamos incentivar. Anualmente, realizamos este encontro de capacitação, com orientações sobre compra de produtos, disposição das mercadorias e cuidados com a higiene", disse.
Bertaiolli ressaltou que Mogi quer trazer veículos de food trucks, mas que as licenças serão concedidas primeiramente aos empreendedores de rua cadastrados que mostrarem interesse.
Ele lembrou que o investimento para a criação e adaptação dos veículos é caro, mas informou que os interessados podem solicitar financiamento no Banco do Povo. "Estes veículos terão pontos fixos na cidade e também poderão atuar, por exemplo, em uma confraternização de alguma empresa. Vamos conversar sobre cada caso individualmente, mas a primeira oportunidade será para eles", contou.
De acordo com o prefeito, o número de empreendedores de rua não sofrerá alteração. "Hoje, temos 197 pessoas cadastradas. Esse é um número que a cidade comporta para que elas tenham uma boa renda. Não adianta colocar mais se prejudica a venda dos outros", esclareceu.
A empreendedora Iara Maria Martins, de 47 anos, trabalha com um trailer de lanches há 15 anos no Jardim Maricá. "Participei de todos os encontros. Eles são muito importantes, pois funcionam como cursos de capacitação. Depois que houve a padronização em Mogi, as pessoas passaram a ter mais confiança nos produtos que são vendidos na rua", avaliou.