O pacote de medidas econômicas anunciadas pelo Palácio do Planalto na terça-feira, coma intenção de economizar mais de R$ 30 bilhões para o ano que vem, mexeu com o funcionalismo público. Trabalhadores de alguns setores ligadas à administração federal já estão se mobilizando e promovendo paralisações.
No Alto Tietê, a cena parece se repetir em determinados pontos, em outros, o movimento grevista ainda não acontece, mas deve ocorrer. O Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) é um dos órgãos ligados ao governo que deve sofrer com as novas medidas, porém já havia um movimento grevista antes mesmo das novas medidas anunciadas há três dias. "O que o ministro (da Fazenda Joaquim Levy) falou foi um balde de água fria. Mais do que isso, deixou todo mundo com raiva", explicou a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo (Sinsprev), Sueli Domingues.
A diretora explicou que algumas negociações já estavam sendo feitas com o governo, mas que depois do pronunciamento de Joaquim Levy a categoria passa por um momento de incerteza. "Estávamos com as negociações encaminhadas, mas agora com essas mudanças vamos ter que esperar. Acredito que até a semana que vem já devemos ter algum posicionamento do governo", afirmou.
Sueli destacou que metade dos trabalhadores do INSS de Itaquaquecetuba aderiram à greve, enquanto que poucos se juntaram ao movimento em Mogi das Cruzes e Suzano. "Em Mogi e Suzano foram poucos os que entraram em greve. Acredito que não chega a comprometer o atendimento do público", finalizou.
Receita Federal
Ja os trabalhadores da Receita Federal que atuam em Mogi e Suzano podem paralisar as atividades a qualquer momento, como explicou a assessoria de Imprensa do Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita Federal (Sindireceita). "Está ocorrendo manifestações por todo o Brasil, mas ainda não temos informações dessas duas cidades. Se as unidades de Mogi e Suzano paralisarem nós colocaremos em nosso boletim". A reportagem telefonou para os postos dessas duas cidades, mas ninguém atendeu.