A balança comercial no Alto Tietê, nos sete primeiros meses do ano, ficou negativa em US$ 358 milhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ou seja, a região vendeu para os demais países, durante os período de avaliação, a quantia de US$ 491 milhões, mas comprou deles um total de US$ 849 milhões. O saldo da balança é justamente a diferença entre o que foi vendido e o que foi comprado lá fora.
Apenas Poá ficou com o saldo no azul entre as cidades que mais exportam, fechando o período com US$ 4,11 milhões. Nos setes meses foram exportados em produtos a quantia de US$ 18,4 milhões, enquanto as empresas da cidades importaram US$ 14,3 milhões.
No outro extremo está Suzano, com um saldo negativo de US$ 156 milhões, quase metade do volume da região. Esses números não poderiam ser diferentes, o setor comercial e industrial da cidade é responsável por 64,6% de tudo o que é exportado no Alto Tietê, com a venda de US$ 317 milhões em mercadoria. A cidade também é dona de 55,7% do que foi comprado das demais nações, desde janeiro até julho.
Para o diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) do Alto Tietê, José Francisco Caseiro, a esperança era que o comércio do Brasil com os demais países estivesse bem, já que as vendas domésticas estão estagnadas. "Os números são preocupantes porque com a valorização do dólar, esperava-se um melhor desempenho das vendas externas, num contraponto aos negócios no mercado interno, que estão parados. Mas mesmo com o dólar alto, as nossas empresas enfrentam dificuldades para produzir e competir com os concorrentes externos", disse o dirigente.
Caseiro ainda destacou que o mercado em geral encontra muita dificuldade para se reerguer. "Está muito ruim internamente e também está difícil lá fora, salvo para algumas poucas empresas", concluiu.
 Segundo maior exportador e importador da região, Mogi das Cruzes fechou o mês de julho com um saldo negativo de US$ 112 milhões. Vendendo US$ 101 milhões e comprando US$ 214 milhões.
Itaquaquecetuba exportou US$ 14,1 milhões e importou US$ 46,4 milhões, revelando estar no vermelho na balança comercial em US$ 32,3 milhões. Arujá e Guararema fecham a lista das maiores cidades nesse segmento, com um saldo negativo de US$ 28,3 milhões e US$ 31 milhões, respetivamente.