O governador Geraldo Alckmin (PSDB) garantiu que as obras de construção do Fórum de Brás Cubas, em Mogi das Cruzes, não devem ser paralisadas. Apesar de não ter confirmado atrasos no repasse para a construtora responsável pela obra, o chefe de Estado admitiu problemas financeiros.
A afirmação foi concedida ao prefeito Marco Bertaiolli (PSD) e ao presidente da Câmara de Mogi, vereador Antonio Lino (PSD), durante reunião realizada na manhã de ontem. Ambos estiveram no Palácio dos Bandeirantes para acompanhar a solenidade de assinatura de minuta de decreto da lei anticorrupção para ser adotada pelas Prefeituras Municipais, e aproveitaram a oportunidade para discutir o assunto.
A Fasul Pavimentação e Construção Ltda., empresa responsável pela obra, não vem recebendo o repasse do governo do Estado há três meses. Desta forma, os riscos de que os serviços de construção do prédio sejam novamente paralisados dentro dos próximos dias é iminente.
"Eu e o Lino estivemos no Palácio e conversamos com o secretário de Justiça e Defesa da Cidadania, Aloísio de Toledo Cesar, e com o governador a respeito do Fórum. Foi uma reunião bastante proveitosa e não há risco de as obras pararem, apesar das dificuldades financeiras pelas quais todos estamos passando. Todas as administrações estão sob os efeitos da crise econômica, mas há um esforço total por parte do governo para que as obras do Fórum, ou outras que estejam em execução, não sejam paralisadas", informou Bertaiolli.
De acordo com Lino, o secretário, assim como Alckmin, admitiram dificuldades em realizar os repasses. "Nos foi falado que realmente há uma dificuldade em relação a verba, pois não há caixa. Mas eu e o prefeito destacamos que esta obra já possui um histórico complicado, pois já foi paralisada uma vez e uma nova interrupção é problemática para os cidadãos", comentou.
Repercussão
A informação que o governo estadual está atrasando o repasse para a construção do Fórum de Brás Cubas foi alvo de críticas do presidente da 17° Subseção da OAB de Mogi, Marcelo Inocêncio. "Se a obra for mesmo paralisada, é um prejuízo absurdo. Pois há uma grande expectativa em torno dessa construção. Com esse atraso, quem sofre é o advogado e a população que precisa do serviço", avaliou.
O deputado estadual Luiz Carlos Gondim (SD), por sua vez, se comprometeu em convocar uma audiência pra discutir o assunto. "Existe uma dificuldade do Governo do Estado em repassar o dinheiro para as obras de uma maneira geral. Já estou entrando em contato com a Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado, para que possamos nos reunir e debater o assunto e entender o que está acontecendo".
Já o juiz da Vara da Fazenda Pública de Mogi, Bruno Machado Miano, destacou que se a obra for interrompida, isso representará um prejuízo funcional. " O atraso significa para gente um prejuízo de logística, uma vez que o Foro Distrital de Brás Cubas, há uma certa dificuldade em relação às instalações", comentou.