Servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiram retomar as atividades na próxima segunda-feira depois de mais de dois meses de greve.
Já o atendimento prestado na área das perícias médicas deverá continuar mesmo restrito: apenas 30% dos profissionais do setor estarão nas agências.
No Alto Tietê, a paralisação dos servidores atinge as agências de Itaquaquecetuba e Suzano. Apenas a de Mogi das Cruzes manteve o atendimento normalmente.
A situação está prejudicando e atrasando o pagamento de muitos beneficiários que dependem da Previdência Social para garantir a renda da família, como foi noticiado pelo Dat no primeiro mês de greve.
Pela proposta do governo, os servidores do INSS vão receber aumento salarial de 5,5%, em 2016, e de 5%, em 2017, bem abaixo do pleiteado, que era 27%. A greve dos servidores completou 81 dias ontem.
Acordo entre as entidades sindicais e o governo federal prevê que o dinheiro descontado da folha de pagamento pelos dias não trabalhados será reposto, desde que os trabalhadores cumpram jornadas extras.
Os servidores do INSS são vinculados a uma das seguintes entidades sindicais: Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) ou Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS).
INSS
Em nota distribuída ontem à Imprensa, o INSS informou que, com a apresentação das propostas do governo às reivindicações dos servidores, e com a previsão da assinatura de acordo entre as entidades sindicais e o governo, na próxima semana, o instituto espera que o atendimento à população seja normalizado.
Acrescenta a nota que, para evitar maiores transtornos e deslocamentos desnecessários aos segurados, o INSS orienta que, antes de procurar uma agência, o cidadão entre em contato com a Central 135 para obter informações sobre a situação do atendimento e os serviços disponíveis.
Médicos
Os médicos peritos, em greve há 21 dias, sequer abriram negociações com o governo federal sobre o reajuste salarial. O diretor da Associação dos Médicos Peritos, Luiz Argolo, informou que tem a expectativa de que as negociações conversas possam começar nos próximos dias.