O episódio do Café com Mogi News desta terça-feira (12) destaca organização social que em breve completará 40 anos de existência: a Associação Doce Lar, de Mogi das Cruzes. O destaque do trabalho realizado pela entidade, que foi iniciado em 1986, é a educação e o acolhimento oferecido para crianças, adolescentes e suas famílias. Saiba nesta entrevista com a presidente da Associação, Marcela Rocha. 

Café com Mogi News: Como você começou na Doce Lar?

Marcela Rocha: Eu comecei na Doce Lar na por volta de 1986, desde o início. Nós montamos uma Associação de Bairro, na Vila Brasileira, e junto com os moradores do bairro, que eram poucos, não era tantos, a gente conseguiu trazer qualidade de vida para o bairro. Na época, não era muito fácil, além de ter poucos moradores, não tinha nada. Com apoio e orientação, na época, do seu Valdemar Costa Filho (prefeito de Mogi na época). Ele falou: "Vocês tem que juntar um grupo do bairro e montar essa entidade para que vocês tenham força junto aos órgãos públicos". E ele sempre falava que ali ia crescer muito, devido à Perimetral, e foi isso, nós nos reunimos, moradores, e fundamos a entidade no dia 5 de outubro de 1986.

CMN: E o trabalho começou com crianças?

Marcela: Quando nós iniciamos, na verdade, a finalidade era trazer rede de água, porque antes não tinha rede de água, esgoto e iluminação. Só tinha em uma rua, que hoje é a Geraldo Gomes Loureiro. Como nós começamos a ir de porta em porta, pegar assinatura, fazer abaixo-assinado para trazer melhoria, a gente foi constatando o que havia famílias necessitando de mais ajuda, além da qualidade de vida do bairro. E como nós tínhamos essa entidade já formada, nós fomos pedir para o Governo do Estado leite e conseguimos para mais ou menos para 150 famílias. 

Depois, através das fichas dessas famílias, nós fomos constatando a necessidade dos pais e das mães de trabalhar. A gente constatava que aquela família não tinha comida, agasalho, às vezes, nem cama para dormir, era um colchão no chão, e foi difícil. Mas, fomos crescendo e ajudando. Ajudando de uma tal maneira que, logo, a gente conseguiu também rede de esgoto para aquele bairro, água encanada em algumas ruas, mas na época nós tínhamos os padres também, que moravam na rua Uva, e como eles já tinham um projeto ajudando a comunidade, eles tinham bastante conhecimento em relação aos projetos, o que daria certo, ou não, e nós nos juntamos. A gente conseguiu melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas.

CMN: A gente fala muito aqui, vai unindo forças e criando uma corrente do bem.

Marcela: Depois, nós passamos a fazer festa de Natal no final de ano para essas crianças. Conseguíamos brinquedos, tudo simplesinho de R$ 1,99. Fechávamos a rua e trazíamos a comunidade para fazer apresentação, fazíamos eventos onde tinha desfile de moda, onde aquelas pessoas, aquelas crianças e adolescentes que sabiam cantar, cantavam no palco. A Prefeitura sempre nos deu apoio colocando palco, muitas vezes até o som eles nos emprestavam. Então, a gente fazia um Natal e, em junho, também fazia festa junina para todo mundo. 

Foi legal porque foi crescendo e, em 2002, a gente constatou o quanto a gente poderia estar ajudando e, de que maneira? Abrindo uma escola, uma creche-escola para aquelas mães que queriam trabalhar deixassem os seus filhos. E, em 2002, nós abrimos uma escola na Vila Pomar, onde a gente atendia 89 crianças. Nós tínhamos, mais ou menos, seis, sete funcionários e lógico, com apoio da Prefeitura. 

A gente foi crescendo, melhorando, e, graças a Deus também ao senhor Valdemar (Costa Filho, ex-prefeito de Mogi), no terceiro mandato dele na Prefeitura, ele nos ajudou muito nos orientando. Ele levou o rede de água e esgoto, levou a linha de ônibus, porque o ônibus, na época, ele parava na igreja do Jardim Universo, e o pessoal que morava na Vila Brasileira e Vila Pomar, tinha que sair de lá para pegar o ônibus, com aquela lama. Na Avenida Japão, eles paravam aqui na Braz de Pina. Ele mandou asfaltar a rua Unicor, passou esgoto e água. O ônibus ia até o final da Unicor e parava na José Benedito.

Quem passou lá nesta época e passa hoje, fala que mudou totalmente, é outro bairro. Só que nós enxergamos a necessidade de pedir escola do Estado, de pedir mais escolas. Na época que seu Valdemar saiu, o Junji (Abe, ex-prefeito) entrou. Como eles tinham aquele conhecimento de deputado estadual, conseguimos uma escola para Vila Brasileira de madeirite, atendendo acho que 1.400 crianças nos períodos de manhã, tarde e noite. Já melhorando a vida das pessoas, porque a escola estava ali mais próxima. Na época que saiu o Junji e entrou o Bertaiolli (Marco, ex-prefeito), a gente conseguiu quatro escolas da Educação Básica.

CMN: Nesse período teve uma expansão forte mesmo da rede, com escolas, com creches.

Marcela: Em 2010, Ele construiu uma na rua Café, que atendia 135 crianças, e depois, em 2012, ele construiu uma na José Benedito dos Santos, na Vila Brasileira também. Ele construiu três escolas muito grandes, na época. Então, aquela escola que tinha 89 crianças foi contemplada com uma de 135 e gente conseguiu atender melhor as famílias. Só que era legal que na época você poderia fazer a seleção e colocar aquelas mães que trabalhavam, mesmo. A gente sabe que a escola é direito de todos, e a gente conseguia fazer aquela seleção e dar prioridade para aquelas mães que trabalhavam para que elas possam trabalhar e ajudar a família. Hoje não, hoje a gente já consegue fazer um projeto e atender quase todos. Nós entendemos também que a Associação de Bairro, que era a "Sociedade Amigo de Bairro de Vila Brasileira e Vila Pomar" tinha que mudar para se transformar em uma ONG. E aí, nós mudamos o estatuto.

CMN: Quando foi essa mudança?

Marcela: Essa mudança foi em 2008. O estatuto abrange tudo. Você pode trabalhar não só em Mogi, como também fora de Mogi. Inclusive, a nossa ONG, nós já fomos convidados para trabalhar em Suzano, Itaquá, Arujá, participamos de alguns chamamentos, mas não deu para participar devido ao recurso financeiro. E hoje, só nas escolas, nós temos 1.050 crianças e um projeto também de vulnerabilidade social que a gente fundou em 2014.

CMN: E como é esse projeto de vulnerabilidade social?

Marcela: Esse projeto, nós trabalhamos com as crianças que nós atendemos. A maioria é criança que nós atendemos na Educação Básica que a gente constata que precisa ter acompanhamento, até mesmo por conta do resultado que a gente tem. A gente fundou esse projeto em 2014, justamente pensando nas nossas crianças. 

É uma continuidade, é um projeto onde nós atendemos crianças e adolescentes, de 6 a 17 anos, é ligado à Assistência Social da Prefeitura. É um projeto que é em contraturnos, quem está de manhã na escola, vai para o projeto à tarde e, quem tem aula à tarde, fica de manhã. Nesse projeto, nós temos a diretora, que é a Fernanda, temos a assistente social. No começo tinha até um psicólogo, que era muito legal, mas hoje a gente não tem. A gente traz aquelas crianças que nós já atendemos e mais outras crianças que são encaminhadas pelo CRAS (Centro de Referência em Assistência Social). São crianças que ficariam na rua na parte da tarde ou de manhã, são bem carentes, com problema familiar. A assistente social vai visitar essas famílias e constatar a importância de resgatar essas crianças para o projeto.

Café com MN: É o que eles chamam de fortalecimento de vínculos?

Marcela: Com esse projeto, nós temos conseguido resgatar bastante valores. É muito legal e, nesse projeto, a gente constatou também que nós tínhamos muitas crianças que gostariam de fazer parte de um projeto ligado à música. Há um ano e meio, nós criamos um projeto de Orquestra Sinfônica. Aí você traz o pai, traz a mãe para fazer um trabalho e hoje você vê o quanto que a gente tá resgatando de valores com esse projeto e com a orquestra sinfônica.

Em três meses de projeto, eles se apresentaram no ano passado, em 18 de dezembro, para os pais. Quando eu entrei naquela apresentação, que eu vi aquelas crianças que davam um trabalho danado para nós, elas muito tranquilas. O Lelis (Gerson), que é o nosso maestro. Graças a Deus, o Lelis está conosco, e ele topou trabalhar para resgatar essa causa.

CMN: O maestro Lelis Gerson também é uma referência no ensino de música.

Marcela: É uma referência grande, e a gente tem esse privilégio de ter o maestro Lelis conosco. Eu vi aquilo, sabe aquela emoção, aquelas crianças e os pais chorando. Os pais não participam dos eventos mas, nesse dia, eu nunca vi tanta gente no salão, 99% pais e avós chorando. Eu falei: "Meu Deus do céu, é tão simples a gente realmente resgatar esses valores. Só basta trabalhar mesmo. Entender e trabalhar".

A gente foi contemplado com um projeto CONDECA (Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente), que é junto com o Governo do Estado e, graças a Deus, é o segundo o projeto que nós somos contemplados que é o que dá condições financeiras de a gente estar com esse projeto, na segunda-feira, das 18 às 21 horas, e na sexta-feira, das 18 a 21 horas. São dois grupos e cada grupo dura uma hora, uma hora e meia. Então, a gente consegue mesmo ajudar a todos, só que é muito trabalho. Eu trabalhei a vida inteira como voluntária. Hoje, têm três anos que eu sou funcionária da Associação Beneficente Doce Lar. Eu e meu marido somos fundadores do Doce Lar, a gente sempre trabalhou como voluntários.

CMN: E sua carreira é na educação?

Marcela: Então, eu trabalhei na prefeitura há muitos anos, sou aposentada. E eu iniciei não na Educação, iniciei no gabinete sr Valdemar (Costa Filho). Trabalhei no gabinete do prefeito, no Departamento de Trânsito e da Assistência Social e eu me apaixonei pelos projetos da Educação. Minha formação não é da Educação, fiz Direito e sou formada em Propaganda e Marketing, pós-graduada em Políticas Públicas, mas eu me apaixonei pela Educação e pelo Social. É do meu pai, ele sempre ajudou as pessoas e falava assim: "Se alguém bateu na porta e pediu um arroz, se você tiver duas canecas, você dá uma, e se tiver um litro de leite, você dá". Eu falei: "Mas a gente vai ficar sem nada, pai?". "Não, mas dá que o pai vai lá e compra outro, entendeu? Bateu no portão, você ajuda nem que seja com pau murcho", ele falava para nós e também sempre falou muito da educação financeira.

Depois de 2002, através do Projeto de Lei 3.019, expandiu o recurso financeiro do Governo do Estado e do Governo Federal em prol da educação. E acabou o governo do município se preocupando em fazer escolas e entregar uns prédios bacanas para que as as lideranças e a comunidade tivessem condições de fazer um trabalho melhor. E eu falo sempre que a Prefeitura é privilegiada, porque, quantos prefeitos que você recebe de outros estados, de outro município para copiar a Educação da cidade Mogi. 

CMN: Você falou desse apoio da Prefeitura, desse apoio do Governo do Estado, mas também, o dia a dia de uma entidade é complicado para manter as atividades. Vocês também realizam eventos? Como é que é o trabalho de vocês?

Marcela: Não, o governo do município ajuda com o básico. Mogi, por exemplo, a gente aluga e eles pagam o valor do prédio. Então me dão o fogão, um computador. No início, mesas, cadeiras, o mínimo para você começar. E o projeto que você apresenta, dentro da necessidade, professor, pedagogo. Mas, você não precisa só disso, você precisa ter muito mais, você precisa ter mais computadores, mais mesas, mão de obra, precisa restaurar o prédio. Só que, nisso, você tem que ter consciência de que você tem que trabalhar, é uma contrapartida, você tem que fazer eventos ou você fica só com aquilo ali.

A gente pensa em ajudar e, no dia a dia, vai surgindo oportunidades que precisam de recursos. E o que acontece, montamos projetos para ter recurso. Antes, no Doce Lar, nós fazíamos o Afogado, no mês quatro; Tarde do Pastel; Junho, festa junina; depois vinha a Festa da Primavera, mas, era muito cansativo, porque tem que ter uma organização muito grande e muita mão de obra. Você precisa ter muito parceiro junto, porque tem que ter vendas, rifas. 

De dois anos para cá, nós sentamos e pensamos assim: "Bom, sempre trabalhamos nas festas da prefeitura, no carnaval, nas festas de aniversário da cidade, a gente sempre foi muito contemplado". Só que, se você for na ponta do lápis, o que você ganha é muito pouco, mas a gente sempre participou. Escolas particulares que convidam a gente, a gente sempre faz alguma coisa para arrecadar valores. 

WhatsApp Image 2024-10-29 at 09.31.31.jpeg 175.18 KB
De três anos para cá, nós estamos fazendo show de prêmios, que são rifas, e que dá um resultado bem melhor do que uma festa. No show de prêmio, você prepara um projeto, onde você vai vender as rifas online. Nós fomos obrigados a aprender a fazer isso na pandemia, porque, na verdade, a gente trabalhou na pandemia direto, o Doce Lar fechou um mês e meio só. Nós trabalhamos online, tivemos que nos virar, não só da aula. Nós cortamos projetos, mas, nós decidimos não dispensar os funcionários. E aí, nós fomos nos reinventando, dando aula online, foi difícil para todo mundo mas, na verdade, foi um aprendizado.

Nós decidimos fazer eventos online e deu muito certo. Hoje, nós fazemos também. inclusive agora, tem um show de prêmios que já começou a vender as rifas. Esse valor é para a Festa de Natal das nossas 1.050 crianças. Vocês encontram informações nas redes sociais e através do telefone 4738-2764, tanto a Ana, a Letícia, a Vanessa, elas orientam como é que você consegue. 

Você compra e paga online. Nós temos o primeiro prêmio, que é uma TV de 50 polegadas; o segundo prêmio, que é de R$ 1.000, nós pensamos em dar dinheiro para a família, como é Natal, e esse sorteio vai ser no dia 13 de dezembro, às 15 horas, tudo online. A gente pensou em um celular, quem não precisa de um celular? É é o terceiro prêmio; nós temos um forno elétrico, no quarto prêmio, entre outros, como vale-brindes do Supermercados Shibata, MM Calçados, Supermercado Nihei, Loja Fortunatti. 

Nós já ganhamos alguns prêmios, que até nós estamos fazendo a propaganda, e outros ainda não. Qualquer colaboração é muito bem-vinda. Nós já fizemos o projeto, é óbvio que se nós ganharmos os prêmios, o resultado é maior paraa compra de presentes no Natal. Nós estamos também, agora, com uma campanha que nós estamos arrecadando brinquedos. A cada reunião que nós realizamos com os pais, nós já pedimos para os pais também pedirem para os seus amigos. A maioria dos pais não tem condições, mas pedir para que o pai acesse a nossa rede, para que a gente possa ter uma ajuda maior. 

No dia da entrega dos presentes das crianças, cada escola tem a sua festa. É uma festa interna, onde eles recebem o brinquedo com a etiqueta com o nome de quem doou, o telefone de quem doou. Se o pai quiser ligar para agradecer, o padrinho também se quiser estar lá no dia, vai receber um convite. É uma festa com Papai Noel, com tudo que eles têm direito, comida típica da época. Dá muito trabalho, mas é muito prazeroso. 

Você vê a criança saindo tão feliz, que vale a pena. É que nem o projeto Ação Ampliada, que é de vulnerabilidade social. No final do ano, a gente vê o quanto a gente resgatou. Nós temos lá 110, 120 crianças. Você vê o quanto você conseguiu mudar a cabeça da família, daquele adolescente, o quanto ele está inserido ali, o quanto ele está mudando para melhor. Isso não tem preço.

CMN: Você apresenta novos caminhos. A entidade de alguma transforma não só o atendido, mas toda a família.

Marcela: O que falta é oportunidade para as pessoas. As pessoas têm que ter de alguém com os braços abertos para acolher. Não é fácil. Esse projeto de Orquestra Sinfônica, ele traz uma disciplina tão grande. E você percebe que as crianças passam a pesquisar a música no WhatsApp. O papo deles é de música. Esse projeto eu gostaria de fazer em cinco bairros de Mogi. Não é uma meta minha, é nossa meta. 

CMN: E o futuro da entidade? Como é que você vê a Doce Lar nos próximos anos?

Marcela: Então, o futuro da entidade, eu gostaria de atender pelo menos cinco bairros, porque, além do Doce Lar, nós temos uma outra instituição, que é o Brincando e Aprendendo, o Instituto Beneficente de Educação Infantil Gessi Neri, que é o nome da pessoa que fundou em 2003. Eu gostaria de atender esse projeto, não só a Ação Ampliada em cinco bairros. Em Jundiapeba, nós temos uma escola que é do Instituto Gessi Neri, temos em Cezar de Souza, que é o mesmo instituto. Em Jundiapeba nós atendemos mais ou menos umas 245 crianças, e em Cezar, 130, mais ou menos. 

São bairros que realmente precisam ter esses projetos, embora tenha vários projetos, mas tem muita criança em Jundiapeba. Eu gostaria que não só o projeto Ação Ampliada, mas também da Orquestra Sinfônica, mas tudo isso precisa de ter padrinhos, empresas que estejam realmente preocupadas em trazer essas crianças para viver numa sociedade onde você não tenha problemas futuros. São crianças e adolescentes que vão aprendendo, e criando um intelecto diferenciado.

Se você deixa essas crianças só na rua e na casa e não dá oportunidade, a gente fica só julgando, mas a gente não fez nada para ajudar. Então a gente tem que fazer alguma coisa para ajudar. Eu gostaria de ter esse projeto na Vila Brasileira, que nós já temos. Na Kaoru Hiramatsu também, nós temos uma escola Doce Lar, e hoje nós atendemos mais ou menos 178 crianças, de 0 a 6 anos de idade. Em Cezar de Souza, Jundiapeba, e também no Jardim Margarida, é uma divisa de Suzano com Itaquá e Mogi. É um bairro extremamente carente, onde nós só temos uma escola de Educação Básica, por enquanto, que atende 244 crianças. Temos uma fila enorme de crianças pedindo vagas. Tem que construir mais, a próxima prefeita com certeza vai olhar para lá com um olhar diferenciado. Só que para fazermos esse trabalho, precisamos de patrocínio. 

O Doce Lar, hoje, é ISO 9001, fomos contemplados há dois anos e meio, é o primeiro da Educação Básica com essa certificação, não só a Doce Lar, mas também o projeto Ação Ampliada é todo certificado. Nós vamos para o terceiro ano já, graças a Deus. Trabalhamos com gestão de qualidade, não só em todas as áreas, mas na área da Educação Básica. Nós estamos trabalhando com indicadores e a gente gostaria, realmente, que as pessoas viessem conhecer. Quem nos ajuda no projeto da Orquestra Sinfônica, todas as vezes que nós vamos fazer alguma camiseta e brinde, vai o nome da pessoa que nos ajuda, e eles também podem participar. 

CMN: E quem quiser colaborar, são aqueles telefones que você falou?

Marcela: Quem quiser colaborar no projeto da Orquestra Sinfônica, nós temos um projeto com contrato, que é um valor simbólico por mês, de R$ 150/R$ 200. Quem quiser nos ajudar é através do telefone 4738-2764, e também, esse empresário que está nos ajudando, vai participar nos horários das aulas. Nós começamos agora e queremos crescer, mas dependemos de ajuda.

CMN: Reforça esse convite para as pessoas irem conhecer o projeto e esse trabalho tão bacana, já quase 40 anos fazendo a diferença em Mogi.

Marcela: No dia 6 de outubro fizemos 38 anos, e comemoramos com um jantar muito especial no Clube de Campo, graças a todos os colaboradores, que são 185. Mas reforçando, nós precisamos de patrocínio para dar continuidade no projeto da Orquestra Sinfônica e, também, no projeto de Assistência Social, porque nós precisamos sair, arrecadar, trazer mais famílias, precisamos ter ajuda dos colaboradores; e a festa de Natal também. Vocês ajudando agora, comprando, se doando, nos ajudando nessa premiação, vocês estão nos ajudando na festa de Natal das crianças também, apadrinhando. 

Venham conhecer as escolas, conhecer as crianças. É importante as pessoas participarem, sem vocês não conseguimos sair do lugar, na verdade, é uma parceria. Todo mundo tem que ajudar. 

Mais informações e doações podem ser feitas pelo Instagram @docelarbeneficente, Facebook: Associação Beneficente Doce Lar, ou através do telefone (11) 4738-2764.