O presidente do Equador, Daniel Noboa, viaja hoje (18) para os Estados Unidos (EUA), após a derrota sofrida no domingo (16) num referendo promovido por ele, que buscava, entre outros temas, o retorno das bases militares estrangeiras ao país. Noboa ficará nos Estados Unidos até quinta-feira (20) e viajará acompanhado de comitiva que inclui o secretário para a Integridade Pública, José Julio Neira,, conforme indicado em decreto assinado ontem. O documento não detalha a agenda de Noboa nos EUA, mas o decreto diz que "é do interesse do governo do Equador fortalecer os laços diplomáticos com aliados comerciais". Há duas semanas, a secretária de Segurança Nacional norte-americana, Kristi Noem, esteve no Equador. Ela visitou as bases militares de Manta e Salinas, na costa equatoriana, onde Washington estudava a possibilidade de os Estados Unidos reinstalarem uma presença militar no país. Isso caso a proposta recebesse o "sim" no referendo de domingo. A atual Constituição equatoriana, aprovada em 2008, levou as forças armadas dos EUA a saírem do país no ano seguinte. No entanto, o "não" venceu nessa questão - como em todas as quatro colocadas para voto -, que visava uma revisão da Constituição que suspendia a proibição de o país acolher bases militares estrangeiras. Na semana passada, a Administração dos Estados Unidos também anunciou um acordo com o Equador para eliminar, em alguns produtos, as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump ao país andino, que começaram em abril em 10% e aumentaram para 15% a partir de agosto. De acordo com o Ministério da Produção, Comércio Exterior e Investimentos do Equador, os EUA eliminaram a sobretaxa sobre 105 produtos, mas ainda se encontra em negociação um processo relativo a outros produtos. *É proibida a reprodução deste conteúdo. Relacionadas Em referendo, Equador rejeita instalar bases militares estrangeiras Relações com países sul-americanos são prioridades, diz Lula a Noboa