A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) rejeitou qualquer plano para transferir o povo palestino para fora do seu território, depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter dito que queria "tomar posse" da Faixa de Gaza. A liderança palestina "rejeita todos os apelos para transferir o povo para fora da terra natal. Aqui nascemos, aqui vivemos e aqui ficaremos", declarou o secretário-geral da OLP, Hussein Sheikh, em mensagem nas redes sociais. O Hamas já classificou os comentários de Donald Trump como "racistas". O presidente norte-americano fez o anúncio nessa terça-feira (4), depois de ter se reunido com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Washington, afirmando que a proposta poderia mudar a história. "A posição racista americana está em linha com a da extrema-direita israelense para deslocar o nosso povo e eliminar a nossa causa", disse Abdel Latif al-Qanou, porta-voz do movimento que controla Gaza. Trump tem repetido que os habitantes de Gaza, em ruínas após 15 meses de guerra entre Israel e o Hamas, podem ir para a Jordânia ou o Egito, apesar da oposição desses países e dos próprios palestinos. A guerra em Gaza começou após o ataque do Hamas contra Israel no dia 7 de outubro de 2023, que deixou 1.200 mortos e 250 reféns. A resposta militar de Israel fez pelo menos 47 mil mortos, de acordo com o Hamas.  *É proibida a reprodução deste conteúdo. Relacionadas Países árabes rejeitam sugestão de Trump de retirar palestinos de Gaza Começam negociações sobre segunda fase de trégua entre Hamas e Israel Moradores de Gaza voltam para o norte após acordo sobre reféns