Fazer sucesso é uma tarefa complicada. Manter-se nele pode ser mais difícil ainda. E é nessa espécie de "limbo" que o "Encontro com Fátima Bernardes" se encontra. Desde 2012, quando estreou, o programa já teve várias "caras". Começou com uma Fátima Bernardes ainda bastante engessada, misturando entretenimento com conteúdo jornalístico e números musicais.
No entanto, o que se vê atualmente é que o excesso de liberdade acabou comprometendo a produção. A apresentadora agora abusa do "merchandising" (propagandas) - e não se importa em arriscar na dança ou no canto. 
Descontração pela manhã não é uma coisa ruim. O problema é que, com o excesso de "besteirol", a qualidade do programa caiu. Em vez de explorar um tema por programa, a produção lota seu sofá. As conversas, antes mais embasadas, viraram "papo de comadre".
Os convidados fixos conseguem dar alguma graça ao programa. Felipe Andreoli, Luiza Possi e Jairo Bouer promovem uma conversa interessante, sem perder o tom leve. Basta torcer para a fase da euforia da liberdade passar e a jornalista recolocar os pés no chão. ("Encontro com Fátima Bernardes", Globo. De segunda a sexta-feira, às 10 horas). (T.P.)