As emissoras brasileiras tiveram cancelamentos relevantes ao longo de 2015. Entre a decadência, o simples esgotamento de formatos ou a vontade de mudança, o último a apagar a luz foi o "CQC", premiado híbrido de jornalismo e humor que se despede da grade da Band depois de oito anos. A audiência manda na televisão. E foi justamente a audiência que se afastou do "CQC" nos últimos três anos, período em que o programa perdeu relevância, prestígio e o apresentador Marcelo Tas - que no último ano foi substituído pelo ator Dan Stulbach. Segundo a Band, o programa volta reformulado a partir de 2017. 
O comunicado de cancelamento do "CQC" pegou a todos de surpresa. Assim como a despedida de Marília Gabriela do formato "cara a cara" de entrevistas que a consagrou. A jornalista negociou sua saída do SBT de forma amigável e se despediu do "De Frente Com Gabi" e do "Gabi Quase Proibida" no início do ano. Depois, no início de dezembro, ela fez o mesmo com o canal pago GNT, onde apresentava o "Marília Gabriela Entrevista". "Meu cansaço com esse formato falou mais alto. Faço a mesma coisa desde os anos 1980 e, no momento, a renovação é vital para mim. Quero me aventurar por outros mundos", assume Marília, que vem investindo cada vez mais nas Artes Cênicas.
Sair da mesmice foi o que também motivou o cancelamento do humorístico "Tapas & Beijos", da Globo. Previsto para durar apenas três temporadas, o programa ganhou mais duas por conta de sua boa audiência. Mais cuidadosa com seus cancelamentos, a Globo "perdeu a mão" com a exibição do dominical "Tomara Que Caia". Mistura de game e humor stand-up, o programa sofreu com críticas e viu seu elenco e audiência escaparem. 
Na Record, a vítima foi o "Programa da Tarde". No final do ano passado, o programa já havia perdido anunciantes e Ana Hickmann, sua principal apresentadora. Depois de três anos no ar e audiência oscilante entre três e quatro pontos, o vespertino não resistiu. (T.P.)