É com leveza e tranquilidade que Patrícia Poeta encara sua nova fase na carreira. Depois de sair do ar em outubro de 2014, quando deixou a bancada do "Jornal Nacional", a apresentadora vê no matinal "É de Casa" a oportunidade ideal para começar a escrever uma trajetória no entretenimento antes de estrear seu projeto solo na Globo - que, apesar das especulações sobre seu cancelamento, continua em fase de desenvolvimento.
Aos 38 anos, a jornalista se posiciona em um momento de recomeço profissional e aprendizagem. "Sonho há muito tempo com a área de variedades. Para mim, é um aquecimento nesse novo espaço, ver o que consigo criar a partir da minha vivência no jornalismo. Assim como em outros momentos da minha vida, levo essa experiência como aprendizado. Estou me divertindo e pronta para aprender", assegura ela, que divide a produção com André Marques, Cissa Guimarães, Ana Furtado, Tiago Leifert e Zeca Camargo.
Natural do Rio Grande do Sul, Patrícia nasceu na pequena São Jerônimo. Foi lá que iniciou sua carreira na filial da Band cobrindo férias de repórteres e, posteriormente, apresentando o telejornal da hora do almoço. Um ano depois, enviou um material com amostras de seu trabalho para as televisões de São Paulo. Sua estreia na Globo aconteceu em 2000, quando foi contratada para apresentar a previsão do tempo de telejornais de São Paulo e da rede. Na emissora, Patrícia passou por produções como "SPTV", "Bom Dia Brasil", "Fantástico" e "Jornal Nacional".
Após 17 anos no jornalismo, a apresentadora decidiu concretizar o antigo sonho de trabalhar com entretenimento. "Tinha muita vontade de mergulhar nesse mundo novo, que é o Projac (complexo de estúdios da Globo). Poderia estar mais próxima da dramaturgia e dos programas de variedades", afirma ela, durante sessão de fotos no refinadíssimo restaurante Osteria Dell'Angolo, em Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Testemunha ocular
Ao longo dos diversos anos em que esteve no jornalismo, Patrícia se viu envolvida em importantes coberturas e acontecimentos. Durante seus três anos no "Jornal Nacional", a apresentadora cobriu as eleições do Papa Francisco no Vaticano, a visita do pontífice ao Rio de Janeiro, as manifestações em 2013, as eleições e a Copa do Mundo de 2014. "Acompanhei a seleção durante o Mundial e ancorei o jornal de várias cidades. Foi ótimo encontrar nossos telespectadores pelo País", vibra.
Durante sua trajetória no jornalismo, inclusive, a apresentadora muita vezes precisou lidar com o improviso durante as coberturas ao vivo, como as manifestações de 2013. "Fiquei cinco horas no ar direto sem nenhum texto e sem intervalo. Um momento histórico", relembra Patrícia. ("É de Casa", Globo. Sábado, às 9 horas).